O objetivo da Plataforma de Sindicatos é contactar com a população e fazer plenários de docentes ao longo dos 738 quilómetros da Estrada Nacional.
Corpo do artigo
"O nosso objetivo é chamar a atenção para os problemas da escola pública e levar a nossa situação aos portugueses em geral", explica um dos secretários nacionais da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) em frente ao marco da Estrada Nacional 2 (EN2). Para isso estão agendadas várias iniciativas desde Chaves até Faro e que vão durar seis dias e meio, numa alusão aos seis anos, seis meses e seis dias de tempo de serviço que os professores dizem ter sido "roubados" no tempo da Troika e que o Ministério da Educação se recusa a repor.
"Acima de tudo, pretende-se sensibilizar o Governo para vir dialogar, para discutir os problemas que afetam a profissão e, por arrasto, o funcionamento da escola pública", avança Manuel Nobre.
TSF\audio\2023\05\noticias\17\maria_a_casaca_verificar_o_fim
A caravana será constituída pelas diferentes organizações sindicais que compõem a Plataforma e, ao longo dos dias, realizarão plenários, encontros com a população e com professores.
"Muitos dos percursos serão feitos não só com carros de professores e de quem se queira juntar a nós, mas também com motociclos, velocípedes, para levar a nossa causa a todo o país", continua o sindicalista
O objetivo da caravana é mostrar também que os 738 quilómetros da EN2 são uma distância muito grande, que não se consegue fazer de uma vez só, têm de ser feitos por etapas. Uma metáfora para os professores lembrarem que estão disponíveis para que o tempo de serviço seja recuperado também de modo faseado.
"Mas do outro lado, do lado do governo não encontramos interlocutor, nem sequer vontade política para discutir este faseamento", lamenta Manuel Nobre.