Secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos saudou esta decisão, porque era uma matéria em que "não compreendia o silêncio do Governo".
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Os profissionais de saúde do SAMS foram convocados para se apresentarem esta quarta-feira ao trabalho, antecipando assim o fim do lay-off que estava previsto para 31 de maio, avançou à Lusa o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM).
Em declarações à agência Lusa no final de uma audiência na Comissão da Saúde, Jorge Roque da Cunha saudou esta decisão, porque era uma matéria em que "o SIM não compreendia o silêncio do Governo, mas felizmente a situação foi ultrapassada".
"Quero saudar a volta ao nosso Serviço Nacional de Saúde do SAMS [serviços médicos dos bancários] como contributo, porque a atitude inqualificável de colocar os médicos em lay-off foi revogada e vão começar a trabalhar hoje", disse o dirigente sindical.
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A direção clínica do SAMS encerrou, no dia 20 de março, o hospital e as clínicas, devido à infeção pelo novo coronavírus de doentes e profissionais de saúde em unidades da sua rede, revelando que iam ser aplicadas "novas regras de regime simplificado de lay-off.
"O que aconteceu foi que o SAMS aproveitando iniquamente o estado de emergência pôs os médicos todos em lay-off. Havia indicação que o lay-off iria continuar não só no hospital, mas também nos 18 centros clínicos", disse Jorge Roque da Cunha.
O dirigente sindical lembrou que tudo isto decorreu "num período de pandemia em que toda a sinergia de prestação de cuidados de saúde e alívio da pressão sobre o SNS era crucial".
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Estas circunstâncias levaram a "um pedido inédito" do SIM ao Governo para que procedesse à requisição civil de todos os serviços e estabelecimentos de saúde particulares geridos pelos SAMS do SBSI, e bem assim dos seus trabalhadores de saúde e outros, nomeadamente os prestadores de serviços habituais
"Lamentavelmente o Governo tentou passar ao lado do problema", mas na terça-feira, salientou, "tivemos a grande e a grata informação que afinal isso não vai acontecer e o SAMS vai voltar progressivamente a acompanhar os seus 80 mil utentes".
Portugal contabiliza 1089 mortos associados à Covid-19 em 26 182 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia divulgado esta quarta-feira.
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Relativamente ao dia anterior, há mais 15 mortos (+1,4%), mais 480 casos de infeção (+1,9%) e 2076 pessoas recuperadas.
Portugal entrou domingo em situação de calamidade, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Esta nova fase de combate à Covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.
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