Profissionais de saúde sem férias no Natal e Ano Novo? SIM não vê "grandes novidades" nas novas medidas para as urgências
Nuno Rodrigues admite, em declarações à TSF, que podem haver "algumas urgências congestionadas", mas que tal vai "depender muito da parte epidémica de cada inverno, que é variável conforme, tanto as temperaturas, como a circulação, nomeadamente, dos vírus respiratórios"
Corpo do artigo
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) garante que não vê "grandes novidades" no despacho publicado esta sexta-feira, que determina a implementação de medidas, a curto prazo, pelas Unidades Locais de Saúde (ULS), considerando o aumento de afluência aos serviços de urgência durante o período do inverno.
Segundo o documento, os hospitais devem considerar prioritário o funcionamento dos serviços de urgência durante o inverno, cabendo aos administradores garantir as suas condições de funcionamento através de "todos os recursos disponíveis".
O secretário-geral do SIM esclarece, em declarações à TSF, que "a grandíssima maioria destas condições já está vertida" nos planos de contingência das USL. Nuno Rodrigues considera, por isso, que não existem "grandes novidades".
"Nos Centros de Saúde sempre houve prolongamento de horário, a maioria dos profissionais de saúde sabe que não pode tirar o Natal e o Ano Novo. Isto são situações comuns, não são situações novas", aponta.
Nuno Rodrigues admite que podem haver "algumas urgências congestionadas", mas que tal vai "depender muito da parte epidémica de cada inverno, que é variável conforme, tanto as temperaturas, como a circulação, nomeadamente, dos vírus respiratórios".
Depois de todos os problemas com o INEM, o Ministério da Saúde tenta evitar um inverno caótico nas urgências. Quem faz falta nos hospitais não pode ir de férias e todos os recursos são mobilizados para atender emergências. Em alguns casos, podem contratar-se camas a hospitais privados.
Com o frio, chegam os vírus respiratórios e, geralmente, o sistema de saúde fica à beira do colapso. Para que este inverno tudo corra melhor, o Governo publicou um despacho, que entra em vigor a 1 de dezembro.
Os planos de férias de Natal e Ano Novo não podem deixar buracos nas escalas para os serviços de urgência, já que nenhuma pode fechar portas por falta de capacidade de resposta. A partir de agora, só com autorização da direção executiva do SNS.
