Profissionais dos setores privado e social começam a ser vacinados esta sexta-feira
Nos hospitais CUF Porto e CUF Tejo vão ser vacinados 900 profissionais de saúde.
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Os profissionais de saúde dos serviços prioritários de hospitais do setor privado e social começaram esta sexta-feira a ser vacinados contra a Covid-19, anunciou o Ministério da Saúde.
Portugal recebeu na terça-feira as primeiras 8.400 doses de vacinas contra a Covid-19 produzidas pela empresa de biotecnologia norte-americana Moderna.
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A ministra da Saúde, Marta Temido, adiantou na passada segunda-feira que as vacinas da Moderna foram distribuídas para a vacinação dos "profissionais de saúde prioritários de hospitais do setor privado e social que têm colaboração com o Serviço Nacional de Saúde no tratamento e nas respostas a doentes Covid".
"Os grupos privados e entidades do setor social com convenções com as Administrações Regionais de Saúde celebradas no âmbito da pandemia receberam um total de 2.370 doses", refere o Ministério da Saúde num comunicado publicado no Portal do SNS.
Portugal deverá receber 19.400 doses durante o mês de janeiro, que vão permitir inocular 9.700 pessoas, uma vez que se trata de uma vacina multidose.
Segundo o ponto de situação efetuado pela ministra da Saúde, Marta Temido, após reunião na segunda-feira com a 'task force' do Plano de Vacinação contra a Covid-19, Portugal recebeu, até esse dia, 238.950 vacinas do consórcio Pfizer-BioNTech.
Foram vacinadas mais de 75 mil pessoas, entre profissionais do SNS, profissionais do Hospital das Forças Armadas, do Instituto Nacional de Emergência Médica e profissionais e residentes em estruturas residenciais para idosos e unidades de cuidados continuados.
Privados asseguram colaboração com SNS
Questionado pela TSF sobre as declarações de António Costa, que considera não haver necessidade de se avançar com uma requisição civil de profissionais do privado, o presidente da Associação Portuguesa Da Hospitalização Privada (APHP), garante que "os hospitais privados continuam a dar resposta aos pedidos do SNS".
Numa resposta escrita Óscar Gaspar refere que "a taxa de ocupação varia de região para região, aumentou substancialmente nas últimas semanas e tem levado os hospitais privados a reorganizar-se para reforçar a colaboração neste momento sensível que o país atravessa. Neste sentido, ainda agora foram disponibilizadas mais de quatro dezenas de camas para o SNS na grande Lisboa, área particularmente atingida."
"Como também confirmou ontem o Primeiro-Ministro, a Ministra da Saúde teve ontem reunião com grupos de hospitais privados para trabalhar em conjunto no sentido de encontrar soluções precisamente para a grande Lisboa. Neste sentido, os hospitais privados reavaliam a sua ocupação a todo o momento de forma a responder aos seus doentes e aos do SNS", assegura.
O plano de vacinação contra a Covid-19 em Portugal começou em 27 de dezembro nos hospitais, abrangendo os profissionais de saúde, e já se estendeu aos lares de idosos.
A primeira fase do plano, até final de março, abrange também profissionais das forças armadas, forças de segurança e serviços críticos. Nesta fase, serão igualmente vacinadas, a partir de fevereiro, pessoas de idade igual ou superior a 50 anos com pelo menos uma das seguintes patologias: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal ou doença respiratória crónica sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia de longa duração.
A segunda fase arranca a partir de abril e inclui pessoas de idade igual ou superior a 65 anos e pessoas entre os 50 e os 64 anos, inclusive, com pelo menos uma das seguintes patologias: diabetes, neoplasia maligna ativa, doença renal crónica, insuficiência hepática, hipertensão arterial, obesidade e outras doenças com menor prevalência que poderão ser definidas posteriormente, em função do conhecimento científico.
Na terceira fase, será vacinada a restante população, em data a determinar. As pessoas a vacinar ao longo do ano serão contactadas pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.994.833 mortos resultantes de mais de 93 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 8.384 pessoas dos 517.806 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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