Programa Arrendar para Subarrendar: só foram atribuídas 20% do total de casas disponíveis
O governo gasta quase três milhões de euros, no âmbito do programa Arrendar para Subarrendar, criado em 2023, mas ainda só foram atribuídas 62 das 290 casas disponíveis
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Com uma renda média de 1180 euros, o Governo gastou, no ano passado, 2,8 milhões de euros com a renda de 290 casas, no âmbito do Programa Arrendar para Subarrendar. No entanto, destas quase três centenas de casas, apenas 62 foram atribuídas, a maioria a jovens com menos de 35 anos. São casas de privados, mas também há 69 da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e 12 da Segurança Social.
São números divulgados esta segunda-feira pelo Diário de Notícias, com base nos dados do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), entidade responsável pela gestão do programa.
O jornal escreve que as casas permanecem vazias, mas não é por falta de candidatos, já que ao longo dos seis concursos que existiram até novembro de 2024, houve mais de 2700 inscritos. O IHRU reconhece que tem havido problemas com os concursos, os últimos dois até acabaram anulados devido a uma "anomalia informática".
Para já, ainda não há previsão de novos concursos e, num esclarecimento enviado ao DN, o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana afirma que o programa está "suspenso para avaliação".
O programa foi criado em 2023, durante o Governo de António Costa, com o objetivo de aumentar a oferta de rendas a preços acessíveis.