O ministro Nuno Crato e o deputado Emídio Guerreiro defendem um modelo em que a aposta seja a qualificação e não a certificação. O PS defende que o programa Novas Oportunidades não pode ser confundido com «mera certificação».
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O ministro da Educação considera que o programa Novas Oportunidades, que custou 1800 milhões de euros na formação de adultos, não se pode resumir a uma distribuição de diplomas.
«Não queremos pura e simplesmente distribuir diplomas e melhorar estatísticas. Queremos é que jovens e adultos melhorem a sua qualificação de forma significativa e de forma a terem um melhor futuro», adiantou Nuno Crato.
No dia em que vai ser apresentado um estudo do ISCTE sobre este programa, o deputado social-democrata Emídio Guerreiro disse que está a ser preparado um «modelo de intervenção» que passa pela «aposta na qualificação das pessoas».
No Fórum TSF, este parlamentar do PSD, que diz que este programa será apresentado ainda antes do Verão, entende que esta qualificação tem de ter «repercussão no desempenho e carreira profissional das pessoas» para que se dê uma resposta ao «desafio decisivo da qualificação».
Por seu lado, a deputada socialista Odete João considerou que Emídio Guerreiro demonstra um «grande desconhecimento» sobre o programa Novas Oportunidades, que tem «diferentes modalidades».
Também no Fórum TSF, esta parlamentar do PS explicou que este programa tem a modalidade de «reconhecimento e validação de competências, mas também os cursos de educação e formação de adultos e a formação modular».
«O programa Novas Oportunidades nunca pode ser confundido com uma mera certificação. Isso é uma visão redutora e um preconceito ideológico, daquilo que foi o trabalho enorme que o PS levou por diante e teve uma mobilização e adesão absolutamente extraordinária», concluiu.