
REUTERS via Vatican Insider-La Stampa
O papa está de férias mas nem por isso perdeu a oportunidade de deixar uma mensagem a quem muito se queixa.
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Se dúvidas existem sobre o que o papa Francisco pensa sobre as pessoas que estão sempre a queixar-se, o esclarecimento está agora presente num cartaz colocado na porta do apartamento papal na Residência de Santa Marta, no Vaticano.
O cartaz, escrito em italiano, tem um aviso bastante explícito: um "Proibido reclamar!", escrito em letras gordas e acompanhado pelo inequívoco sinal de proibido a vermelho.
O aviso é seguido de um texto onde se pode ler: "os infratores são acometidos de um síndrome de vitimização que lhes afeta o bom humor e a capacidade de resolver problemas". E termina concluindo que "para se tornar o melhor si, [uma pessoa] deve concentrar-se no seu potencial e não nas suas limitações, deve parar de reclamar e agir para mudar a sua vida para melhor".
O chefe da Igreja Católica está atualmente de férias mas decidiu gozá-las "em casa". Como tal, tem recebido visitas de amigos e outros dignitários no seu apartamento em Santa Marta. E todos eles têm reparado no cartaz, incluindo um amigo de longa data do papa Francisco que, achando graça à situação, tratou de tirar uma foto e divulgá-la publicamente. Mas sempre com a aprovação e bom humor do papa.
Segundo o jornal italiano La Stampa, o cartaz foi oferecido ao papa Francisco pelo psicólogo, psicoterapeuta e guru de autoajuda italiano Salvo Noé, no final de uma audiência papal em junho. O chefe da Igreja Católica achou graça à oferta e respondeu que iria colocar o cartaz na porta do escritório onde recebe as pessoas.
No entanto, e como a austeridade e beleza do escritório oficial do papa (no Palácio Apostólico) não condizem muito com os dizeres do cartaz, Francisco decidiu pendurá-lo na porta do seu frugal apartamento em Santa Marta.
Como lembra o La Stampa, o chefe da Igreja Católica tem aproveitado várias ocasiões para exortar os cristãos a abandonar a atitude de constante queixume e a dar graças pela vida que têm.
A agência Reuters recorda também que, desde que foi eleito em 2013, não faltam criticas à linha orientadora do papa que tem defendido um caminho mais inclusivo e misericordioso para a Igreja Católica.