A intenção é formar e apoiar cidadãos, designadamente os mais idosos, de modo a saberem utilizar os serviços de saúde online, evitando deslocações desnecessárias. O projeto arranca no concelho de Loulé, no Algarve.
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Pedir uma receita eletrónica, marcar uma consulta ou mesmo solicitar qualquer documento ligado ao setor da saúde. Tudo isto se pode fazer através de plataformas online.
No entanto, para muita gente, sobretudo para os mais idosos, ainda é algo que não está ao seu alcance.
O projeto pioneiro que começará no concelho de Loulé pretende combater a iliteracia em saúde e ensinar as populações, muitas delas isoladas geograficamente, a terem acesso a estas plataformas. A ideia será levada a cabo pelo ABC, o Algarve Biomedical Center, uma entidade formada entre o Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA) e a Universidade do Algarve (UALG).
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Neste caso, vai funcionar em parceria com os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) tentando esvaziar a iliteracia em saúde.
Nuno Marques, presidente do ABC, esclarece que ensinarão aqueles que tenham possibilidade de utilizar diretamente as novas tecnologias, e, para os outros, designadamente os mais idosos, haverá pontos de contacto, "próximo deles, nas juntas de freguesia, nas IPSS, nos lares, onde iremos dar formação a pessoas para que os possam ajudar", de modo a evitar a sua deslocação aos centros de saúde.
A intenção é começar a dar formação a essas pessoas no concelho de Loulé, mas no próximo ano alargar o projeto a todo o Algarve, e, no final de 2020, fazê-lo chegar a todo o país, de modo a que toda a gente tenha possibilidade de utilizar as novas tecnologias ao serviço da sua saúde.