Projeto português premiado pelo Fórum Económico Mundial pode transformar financiamento na saúde
O objetivo do projeto é desviar o foco dos procedimentos e valorizar sobretudo os resultados.
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Um novo modelo de avaliação dos resultados de um tipo de tratamentos, a partir do retorno dado por mais de 11 mil doentes operados às cataratas foi premiado pelo Fórum Económico Mundial, que o reconheceu como um projeto pioneiro do Health Cluster Portugal. Este projeto quer contribuir, a longo prazo, para alterar o modelo de financiamento da saúde. Estiveram envolvidas nesta experiência agora premiada 13 unidades de saúde, públicas e privadas.
Joana Feijó, do Health Cluster Portugal, explica, em declarações à TSF, os detalhes deste processo de avaliação a partir do ponto de vista do paciente. "Todos os doentes são medidos objetivamente, são-lhes colocadas questões muito objetivas que permitem aferir o seu ganho em saúde."
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Alguns dos critérios aplicados dão resposta a perguntas como: "Consegue ler um jornal, com os óculos com este tipo de graduação? Consegue mover-se ou descer umas escadas sem qualquer tipo de dificuldade?"
"São questões que foram criadas por comités científicos e validadas internacionalmente", e que "permitem que haja uma estandardização" de forma a diminuir o enviesamento pela opinião do paciente, garante Joana Feijó.
A Health Cluster Portugal quer agora expandir este projeto a outras áreas da saúde, depois deste prémio do Fórum Económico Mundial.