O advogado que representa mais de 80 por cento do proprietário das habitações do Zmar lamenta a falta diálogo do governo e vai avançar ainda esta semana para os tribunais.
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Nuno Silva Vieira sublinha que o governo fundamentou a requisição na falta de acordo com o empreendimento," mas, lembra que "os proprietários não foram contactados até hoje.
"O governo não quer falar connosco, não permite uma reunião, apesar de já ter sido solicitada por escrito e, portanto, estamos numa situação de impasse. Enviei uma mensagem escrita diretamente para o gabinete do senhor ministro da Administração Interna e até agora não obtive resposta", lamenta.
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O advogado afirma que a "requisição civil, feita em cima do joelho colocou em causa um conjunto de direitos, é também algo que implica valores na ordem dos 10 milhões de euros, valor que vamos exigir ao governo."
Nuno Silva Vieira, em declarações à TSF, garante que "este empreendimento estava com um plano de viabilidade financeira e económica, aprovado há uma semana pelo tribunal de Odemira, e com esta requisição civil o investidor recuou e está em causa o investimento dos meus clientes que têm aqui casas. O mais certo agora é avançar a venda judicial porque não há investidor."
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Tendo em conta o impasse o advogado que representa a maioria dos proprietários das habitações do ZMAR está a preparar uma ação para impedir que avance a requisição civil decretada pelo governo e que prevê a cedência das casas temporariamente para quem precisar de fazer quarentena.
"Nós ainda estávamos com esperança de que o governo resolvesse as coisas a bem, recuasse, alterasse a requisição civil, mas como não foi dado esse sinal nós vamos ter de avançar para os tribunais e pedir a nulidade da requisição civil por falta de fundamentação", afirma.
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