Adjunto de operações justifica decisão com a "muito pouca coisa" que os SMS podem transmitir.
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A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil não enviou SMS de alerta à população durante a passagem das depressões Elsa e Fabien pelo território nacional, explica o Jornal de Notícias na edição deste domingo.
No verão, o Estado pagou 900 mil euros à Vodafone, NOS e MEO para que, durante um ano, pudesse enviar SMS através destes operadores. Agora, perante as duas intempéries, a ANEPC decidiu não usar o recurso, considerado um dos melhores meios de aviso a nível nacional.
Ao JN, o adjunto de operações da ANEPC, Miguel Cruz, explicou que "a opção passou por trabalhar mais a ligação com as populações", recorrendo para isso a comunicados de imprensa e "com a colaboração dos órgãos de Comunicação Social."
"A SMS diz muito pouca coisa e nós queríamos dizer muito mais, por isso foi decisão da Proteção Civil não a usar", completou. Contactado pela TSF, Miguel Cruz confirmou a opção da autoridade nacional e remeteu mais esclarecimentos para um comunicado que deve ser divulgado ainda este domingo.
João Paulo Saraiva, da Associação de Proteção e Socorro (APROSOC) considerou em declarações ao JN que esta opção é "um sinal da falha da estrutura, que não se adapta a novas situações".
Administração Interna defende resposta da Proteção Civil
Numa resposta enviada à TSF, o ministério da Administração Interna garante que a resposta às ameaças "foi proativa e localizada em todas as zonas de risco, como todos puderam constatar ontem no Baixo Mondego".
A tutela garante que houve "total articulação com as autarquias e evacuações preventivas atempadas".