Foram registadas 654 ocorrências entre a 00h00 de quinta e as 07h00 desta sexta-feira. A maioria esteve relacionada com quedas de árvore e inundações.
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A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil registou mais de 650 ocorrências entre quinta e sexta-feira. Ainda que a chuva e o vento forte possam abrandar nas próximas horas, as autoridades continuam atentas para a agitação marítima e queda de neve, antecipando um aumento do número de ocorrências.
“Durante a madrugada, tivemos apenas o registo de 13 ocorrências no território continental. Depois, entre as 00h00 do dia 28 e 07h00 do dia 29, durante este quadro de meteorologia adversa, tivemos um registo de 654 ocorrências no território do continente”, informou o oficial de serviço da autoridade nacional, José Costa, em declarações à TSF.
A maioria das ocorrências esteve relacionada com quedas de árvore, inundações, limpezas de via e quedas de estruturas.
“Não temos registo de vítimas. Houve apenas aquela situação com desalojados no concelho de Silves”, acrescentou José Costa, indicando que as áreas mais afetadas pela intempérie foram a região da Grande Lisboa, o Algarve e também a lezíria do Tejo.
A tempestade Nelson está a afetar o estado do tempo em Portugal continental, onde até ao domingo de Páscoa, a precipitação será uma constante. Entre esta sexta-feira e sábado, o vento deverá diminuir de intensidade, voltando a intensificar no dia 31, com rajadas até 65 km/h, podendo atingir 75 km/h nas terras altas.
O IPMA prevê agitação marítima forte na costa ocidental até dia 30, sendo o período mais critico até à madrugada de dia 29, onde se esperam ondas de noroeste entre 5 e 7 metros de altura significativa, podendo atingir uma altura máxima de 12 metros.
"Portanto, tudo leva a crer que vamos ter um agravamento das condições meteorológicas no que toca ao número de ocorrências que possam vir a existir", considerou José Costa, apelando à população que não se aproxime da zona de rebentação e tenha especial "cuidado junto à orla costeira".