Em declarações à TSF, Matos Fernandes garantiu que a emergência no rio está resolvida. ProTejo espera um "bom entendimento com Espanha".
Corpo do artigo
O proTejo - Movimento pelo Tejo diz estar expectante com as garantias do ministro do Ambiente e da Ação Climática de que a emergência no caudal do Tejo "está ultrapassada" e que as negociações com Espanha estão encaminhadas.
Em declarações à TSF, o ministro João Matos Fernandes garantiu que a evolução do caudal do Tejo está a ser favorável, sublinhando que no domingo já tinha chegado à quota 114.
11574016
À agência Lusa, o porta-voz da proTejo Paulo Constantino disse que, após ouvir as garantias de João Matos Fernandes, o movimento está expectante em relação ao desenvolvimento das negociações com Espanha.
"Toda a boa sorte para que efetivamente o senhor ministro faça uma boa negociação e chegue a um bom entendimento com Espanha", sublinhou.
No entanto, o movimento expressou algumas preocupações e pretensões relativamente ao acordo com Espanha e à Convenção de Albufeira e, ainda, à indemnização a pagar às autarquias afetadas pela barragem de Cedillo (Castelo Branco, Nisa e Vila Velha de Ródão).
"O que o movimento proTejo espera é que relativamente à situação do Alto Tejo, em que foram repostos os níveis da barragem de Cedillo, sejam feitas as compensações necessárias dos impactos ambientais que existiram e também as indemnizações em termos dos impactos económicos e sociais", defendeu.
Paulo Constantino referiu que o proTejo pretende que a revisão da Convenção de Albufeira inclua uma revisão dos caudais em vigor e dos que estão previstos.
"O escoamento médio anual dos últimos oito anos foi muito superior àquilo que é o caudal que está na Convenção de Albufeira. É mais do dobro desse caudal. Existem condições para existir um maior caudal nessa convenção e esse caudal seja distribuído ao longo do ano de uma forma mais regular", sublinhou.
O porta-voz do movimento considerou ainda que o acordo com Espanha será possível "desde que haja boa vontade entre as partes" e defendeu a necessidade de existir uma gestão partilhada das reservas de água.
João Matos Fernandes adiantou à TSF que o Governo está a trabalhar com as autarquias afetadas pela barragem de Cedillo para que os prejuízos causados nas estruturas locais sejam "rapidamente repostos ou financiados pela Agência Portuguesa do Ambiente".