Provas digitais: diretores garantem que escolas "estão preparadas", Fenprof fala em "perturbação"
À TSF, o presidente Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas diz que as escolas estão "muito melhor" do que há um ano. Já o Federação Nacional dos Professores contesta a realização do novo modelo de avaliação externa
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A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) está preocupada com o trabalho suplementar dos professores e defende que as provas-ensaio em formato digital, que arrancam esta segunda-feira, vão criar “perturbação” nas escolas. Já a Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), também ouvida pela TSF, garante que as condições estão criadas.
“Decorre em pleno período de aulas é exigido trabalhado suplementar aos professores que, além das 35 horas, vão ter de fazer todo o serviço de exames”, critica o secretário-geral adjunto da Fenprof.
Para José Feliciano Correia Costa, isto causa “perturbação” e não é “correto”.
Relativamente às condições, o presidente da ANDAEP, Filinto Lima, garante que a “maior parte das escolas está preparada”
"Penso que estamos muito melhor do que quando passado e a situação irá decorrer conforme o planeado.”
Questionado sobre os problemas de internet e nos computadores, Filinto Lima mostra-se confiante e diz que “seguramente o Ministério da Educação e as direções executivas irão encontrar soluções para que, em finais de maio ou início de junho, os alunos possam ter, de facto, um material adequado para a realização das suas provas”.
Do lado dos encarregados de educação, também há “preocupações”. Mariana Carvalho da Confederação Nacional das Associações de Pais explica que “há algumas dúvidas” com as provas contarem ou não para a nota interna do aluno.
“Há também escolas a realizar provas de matemática e de ciências no mesmo dia, até seguidas uma há outra”, acrescenta.
Os alunos dos 4.º, 6.º e 9.º anos começam esta segunda-feira a testar o formato digital para as provas oficiais de maio e junho.
As provas-ensaio vão realizar-se entre os dias 10 e 28 de fevereiro, em data e horário a definir por cada escola, e na primeira semana os alunos começam por demonstrar os seus conhecimentos a Português.
As provas-ensaio arrancam com duas greves, da Fenprof e do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop), às tarefas relacionadas com as provas-ensaio, que podem ir desde o trabalho de secretariado de exames, à vigilância ou classificação das provas.