Ventura após reunião com Marcelo: "Provavelmente teremos eleições presidenciais a 24 de janeiro"
André Ventura anunciou a data das eleições presidenciais depois de uma audiência com Marcelo Rebelo de Sousa.
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As eleições presidenciais vão ser marcadas provavelmente para 24 de janeiro de 2021, disse o presidente e deputado único do Chega, André Ventura, após ter sido recebido pelo chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa.
À saída do Palácio de Belém, em Lisboa, André Ventura declarou aos jornalistas que "haverá também novidades sobre as eleições presidenciais, mas isso será o próprio Presidente a fazer esse anúncio".
Questionado se saiu deste encontro com uma data, o presidente do Chega respondeu: "Sim, com a data provável de 24 de janeiro, embora seja um anúncio que será feito por Marcelo Rebelo de Sousa e não por mim, não é a mim que me compete fazê-lo".
"Provavelmente teremos eleições presidenciais a 24 de janeiro", reiterou André Ventura.
"É sabido que sou candidato presidencial, também é sabido que Marcelo Rebelo de Sousa ainda não é. Eu na brincadeira perguntei-lhe se ele tinha já alguma coisa para me dizer, mas ele também honestamente não me respondeu, portanto, ficámos na mesma", acrescentou o presidente do Chega.
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A Lei Eleitoral do Presidente da República estabelece que o chefe de Estado "marcará a data do primeiro sufrágio para a eleição para a Presidência da República com a antecedência mínima de 60 dias".
Se nenhum dos candidatos obtiver mais de metade dos votos validamente expressos, excluindo os votos em branco, "o segundo sufrágio realizar-se-á no vigésimo primeiro dia posterior ao primeiro", entre os dois mais votados.
A lei determina que "tanto o primeiro como o eventual segundo sufrágio realizar-se-ão nos 60 dias anteriores ao termo do mandato do Presidente da República cessante", que é no dia 09 de março de 2021.
Chega vai votar contra renovação do estado de emergência
Já quanto às medidas impostas pelo Governo para travar a pandemia, Ventura considera-as "absurdas". O líder do Chega fez notar ao Presidente da República que o decreto presidencial deverá ser mais explícito para que as medidas sejam proporcionais e adequadas.
"Não interessa os moldes do decreto, se o Governa mantém estes absurdos em vigor. O Presidente é o único que pode chamar a atenção do Governo", diz.
O presidente do Chega nota que não viabiliza a renovação do Estado de Emergência porque se sentiu defraudado pelas opções tomadas pelo governo.
Sobre o bloqueio da Hungria e Polónia aos fundos comunitários, André Ventura nota que esta não é altura de quaisquer bloqueios, sejam eles de que países forem, mas aproveita para atacar o Governo e a estratégia de António Costa.
"O bloqueio numa altura destas é um mau serviço que se presta à União Europeia. Mas isto mostra que a estratégia do Governo sempre foi de não ter nada na mão", acusa.
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