Em entrevista à estação de televisão TVI, o primeiro-ministro diz que qualquer que seja o resultado das eleições os partidos têm de se entender
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O primeiro-ministro e líder do PSD concorda com o Presidente da República, que ontem pediu um governo estável e de maioria depois das eleições de outubro.
Em entrevista à estação de televisão TVI, Passos Coelho diz ser importante que o próximo Governo que saia das eleições tenha maioria no Parlamento e que 'se vai bater' por essa maioria dentro da coligação que lidera.
Sobre a atuação de Cavaco Silva, o primeiro-ministro defendeu que este tem sido um Presidente da República "isento e independente", rejeitando que possa ser apontado como um aliado do Governo PSD/CDS-PP.
O também presidente do PSD disse que há partidos para os quais, "quando o Presidente da República não diz aquilo que lhes agrada é porque está contra eles e, portanto, tem de estar a favor do Governo".
Pedro Passos Coelho considerou que o executivo PSD/CDS-PP e o chefe de Estado tiveram "uma cooperação institucional irrepreensível", apesar de não terem estado "sempre de acordo", acrescentando: "E eu creio que o Presidente Aníbal Cavaco Silva teve um mandato isento e independente ao longo destes dez anos".
Nesta entrevista em que o público também pode colocar perguntas, Pedro Passos Coelho foi questionado sobre a pressão exercida sobre os reformados na aplicação das medidas de austeridade, ao que o primeiro-ministro respondeu dizendo que não foram só os pensionistas a serem chamados a este sacrifício.
Questionado sobre o IVA para a restauração, por um homem que mantém um restaurante aberto e teve de despedir pessoas, Passos Coelho disse que "não ia prometer baixar o IVA da restauração".