PS aguarda esclarecimentos da TAP e espera "avaliar" audição de ministros na próxima semana
O PS acredita que até ao dia 4 de janeiro o assunto estará esclarecido, data em que, ao que tudo indica, os requerimentos vão ser votados em comissão parlamentar.
Corpo do artigo
Numa altura em que a oposição pressiona o Governo com o caso da secretária de Estado Alexandra Reis, no PS a palavra-chave é "prudência" antes dos esclarecimentos da TAP sobre a polémica indemnização.
O partido aguarda os esclarecimentos da companhia aérea, já solicitados pelo Ministério das Finanças, em comunhão com o Ministério das Infraestruturas, e só depois avalia o caso da governante.
Fonte do grupo parlamentar do PS explica à TSF que a previsão é que, no início da próxima semana, o partido já tenha todos os dados em cima da mesa para definir qual o sentido de voto aos requerimentos da oposição para ouvir o Governo no Parlamento. Além da secretária de Estado, Bloco e Chega pedem também a audição também do ministro das Finanças, do Ministro das Infraestruturas e da CEO da TAP.
15557063
O PS acredita que até ao dia 4 de janeiro o assunto estará esclarecido, data em que, ao que tudo indica, os requerimentos vão ser votados em comissão parlamentar.
No entanto, dentro do partido, há também quem ache "difícil de justificar" uma indemnização de meio milhão de euros numa empresa em reestruturação e com cortes salariais aos trabalhadores.
Há ainda a expectativa, entre os socialistas, em perceber como será a coordenação política do caso, entre Pedro Nuno Santos e Fernando Medina, dois potenciais sucessores de António Costa.
Também António Costa já se pronunciou sobre o caso, em resposta às perguntas da Agência Lusa, garantindo que "desconhecia em absoluto os antecedentes" da governante. Regista, no entanto, que a secretária de Estado do Tesouro "se prontificou a devolver qualquer quantia que não lhe fosse devida e que recebeu nos termos acordados entre os advogados".
A secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, recebeu uma indemnização no valor de 500 mil euros por sair antecipadamente do cargo de administradora executiva da companhia aérea portuguesa, quando ainda tinha de cumprir funções durante dois anos. Meses depois, foi nomeada pelo Governo para a presidência da Navegação Aérea de Portugal (NAV).
15556797