O PS desafia a ministra da Justiça a admitir que recuou no mapa judiciário. Carlos Zorrinho diz que o melhor é deixar este esboço fora e começar tudo de novo.
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Carlos Zorrinho, o líder parlamentar do PS, desafia a ministra da Justiça a assumir que recuou no mapa judiciário, um desafio lançado depois do presidente da Câmara de Baião, que esteve hoje reunido com a ministra, ter revelado os resultados do encontro.
«O país não pode amputar-se a si próprio, não pode abdicar de territórios do interior e a administração da justiça é um direito constitutivo do próprio municipalismo do país e do Estado de direito. Por isso a sensibilização que fizemos junto do Ministério da Justiça e que estamos agora a fazer dos vários grupos parlamentares vai contribuir para que o poder político possa encontrar uma decisão que garanta o objetivo do memorando de entendimento e garantir nos territórios do interior do país que a administração da justiça continuará a ser prosseguida», defende José Luís Carneiro.
Depois destas declarações, Carlos Zorrinho lança o desafio: «Há um recuou por parte do Ministério, que considera que é agora um esboço é altura de dizermos ao ministério apaguem o esboço porque esse não é o caminho».
O PS reiterou que fechar tribunais no interior «é um erro» porque vai limitar e encarecer o acesso à justiça, que pode passar a ser só um direito dos «ricos».
«A intenção do Governo de fechar um conjunto de tribunais no interior é um erro porque vai diminuir o acesso à justiça de muitas populações, ao mesmo tempo que transfere para as famílias um conjunto de encargos a que as famílias com maiores dificuldades não poderão dar resposta», afirmou o líder parlamentar socialista.