O Partido Socialista (PS) disse hoje estar disponível para reunir com o líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e que apoiará todas as iniciativas que visem «mudar da política de austeridade para a política de crescimento económico».
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«Apoiamos a iniciativa e estamos disponíveis para participarmos em todas as reuniões que tenham como objetivo mudar da política da austeridade para a política de crescimento económico, o secretário-geral do PS tem esta prioridade na sua agenda desde que foi eleito», afirma o secretário nacional para as relações internacionais do PS, João Ribeiro, numa nota enviada à agência Lusa.
O dirigente socialista espanhol, Alfredo Rubalcaba, escreveu uma carta aos líderes socialistas e sociais-democratas europeus a propor-lhes uma reunião, no início de 2013, em defesa de uma mudança de rumo na política económica europeia.
A missiva do secretário-geral do PSOE foi enviada a vários dirigentes, incluindo o presidente do Partido Social Democrata alemão, Gabriel Sigmar, o secretário-geral do PS, António José Seguro, o líder do Partido Trabalhista britânico, Ed Miliband, e o secretário nacional do Partido Democrático de Itália, Pier Luigi Bersani, entre outros.
Para os socialistas portugueses, «a crise só tem solução com respostas europeias e nacionais articuladas e coerentes com o objetivo de criação de emprego e de crescimento económico».
João Ribeiro critica essa «articulação com políticas de austeridade que não resolvem os problemas» e que «pelo contrário, antes os agravam».
Na carta, o líder do PSOE, Alfredo Rubalcaba, refere ainda que as receitas da direita para enfrentar a crise, baseadas «num severo calendário de redução do défice», têm sido «um fracasso total e não levaram à recuperação económica após três anos de cortes sociais, de aumento de impostos e falta de investimento».
Apesar das previsões para 2013 serem negativas, o líder do PSOE afirma-se convencido que «é possível mudar as expectativas».
Nesse sentido convida os partidos de esquerda para «unirem os seus esforços» e trabalharem juntos «para apresentar uma agenda alternativa para um progresso partilhado na Europa» com medidas que melhorem o crescimento e levem à criação de emprego e uma política monetária em que o Banco Central Europeu atue como a Reserva Federal norte-americana.
«Estes três elementos podem constituir a base da nossa estratégia para superar a crise económica e a nossa proposta aos cidadãos europeus para as próximas eleições de 2014», explicou Rubalcaba.