No Fórum TSF, o líder da bancada socialista disse que o PS toma esta posição «porque é um partido responsável». O PSD espera que o PS não volte a adiar o anúncio do seu sentido de voto.
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O líder parlamentar do PS não exclui nenhuma hipótese relativamente ao sentido de voto dos socialistas para o Orçamento de Estado, um dia depois de ter o Conselho de Estado ter apelado ao «espírito de diálogo construtivo».
No Fórum TSF, Carlos Zorrinho disse que «não excluímos neste momento nenhuma hipótese nem votar a favor, nem dos nos abstermos nem de votarmos contra, porque somos um partido responsável».
«É preciso que os sacrifícios sejam distribuídos de forma equitativa e que o Orçamento contenha uma estratégia e políticas concretas de apoio e impulsos à economia e ao crescimento», insistiu.
Carlos Zorrinho recordou ainda que este Orçamento «foi o primeiro desde o 25 de Abril a ser entregue sem ter junto um plano plurianual e sem Grandes Opções do Plano, ou seja, este orçamento é simplesmente um exercício de números».
O líder da bancada do PS pediu ainda ao primeiro-ministro para esclarecer quais são as questões fundamentais sobre as quais Pedro Passos Coelho não vai aceitar sugestões da oposição.
«Se é o país cumprir com o que se comprometeu em termos internacionais não queremos mexer nessas opções fundamentais, mas se são os caminhos para atingir essas metas aí se não quer falar sobre opções fundamentais não quer falar sobre nada e que quer contunuar a cometer erro sobre erro com os resultados que estamos a ver», concluiu.
Por seu lado, o social-democrata Luís Meneses espera que o PS não volte a adiar o anúncio sobre o seu sentido de voto e lembrou que «Portugal precisa de um PS forte e com rumo».
«Espero que no dia 2 de Novembro não adiem a decisão por mais um ou dois dias, porque os portugueses precisam de saber se o PS vai estar à altura das suas responsabilidades», acrescentou este vice-presidente da bancada do PSD.