PS não rejeita legalização da venda de drogas leves, mas pede mais esclarecimentos
A deputada socialista Maria Antónia Almeida Santos, presidente da comissão de saúde na Assembleia da República, diz que, em tese, concorda com a ideia de que a disponibilização de drogas nas farmácias pode levar a uma quebra na criminalidade, mas acrescenta que Paula Teixeira da Cruz tem de explicar melhor a medida.
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As declarações da ministra «são muito pouco profundas», sublinha a deputada socialista, dizendo concordar com a ministra «quando diz que se forem as farmácias a disponibilizar a droga, haverá um rombo no tráfico».
No entanto, «quanto à medida em si», Maria Antónia Almeida Santos diz ter «algumas dúvidas porque mesmo a comunidade científica não é unânime em relação à divisão entre drogas leves e drogas duras».
Em entrevista à TSF, Paula Teixeira da Cruz, afirmou concordar com a despenalização do uso de drogas leves para que «não haja criminalidade altamente organizada e branqueamento de capitais».
«Está demonstrado, e para mim foi muito claro com a lei seca nos Estados Unidos, que a repressão nessa matéria, a proibição, leva a que se pratiquem aqueles crimes e crimes associados. Nesse contexto, eu entendo que há vantagens em fazer essa liberalização. Embora não goste da palavra. O que estamos a falar é despenalizar», afirmou a ministra.