O PS defende o fim da possibilidade dos políticos acumularem as respectivas subvenções vitalícias com rendimentos privados, mas alerta que nem tudo deve ser focalizado nesta classe.
Corpo do artigo
A posição em matéria de subvenções vitalícias para titulares de cargos políticos foi assumida pelo líder parlamentar socialista, Carlos Zorrinho, em conferência de imprensa, um dia depois deste assunto ter sido alvo de análise em reunião do Secretariado Nacional do PS.
Segundo o líder parlamentar do PS, a bancada socialista «está a trabalhar e acompanha as preocupações no sentido de os sacrifícios pedidos aos portugueses serem também acompanhados por parte daqueles que exercem funções políticas e funções públicas».
«Estamos a trabalhar num quadro alargado que abrange não só as subvenções dos políticos mas também, por exemplo, as questões relacionadas com salários e reformas dos gestores públicos. Pensamos que é preciso nesta matéria uma visão alargada, porque é muito perigoso e demagógico ter uma focalização exclusiva nos políticos», advertiu Carlos Zorrinho.
O presidente da bancada socialista disse que a preocupação essencial do PS «é ter uma abordagem integrada para os sacrifícios que todos os portugueses têm de fazer».
«Em concreto, defendemos que deve aplicar-se aos políticos que têm subvenções, mas que também possuem rendimentos privados, o mesmo regime que se aplica aos políticos que têm subvenções e rendimentos públicos».
Ou seja, na perspectiva do líder parlamentar do PS, os políticos nesta situação de acumulação «devem suspender os recebimentos das subvenções enquanto mantiverem rendimentos privados, ou então suspenderem a sua acção privada se pretenderem manter as respectivas subvenções».