A direção da bancada socialista propôs que o PS se abstenha na votação das alterações ao Código do Trabalho, propostas pelo Governo. No entanto, vários deputados manifestam críticas ao diploma do Executivo, por ir «para além da troika». Basílio Horta é um deles. Ouvido pela TSF, sublinhou que o PS só deve viabilizar o documento, se o Governo aceitar alterações em matérias como o banco de horas.
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Porque a proposta de código de trabalho do governo vai para além da troika, alguns deputados mostram resistência à viabilização do diploma por parte do PS.
O tema gerou discussão esta manhã na reunião da bancada, onde a direção defendeu a abstenção. Efervescente, dizem uns; tranquila, dizem outros.
Alguns deputados foram assertivos nas críticas ao diploma. Basílio Horta, ouvido pela TSF, diz que deve haver condições para o PS viabilizar a proposta.
A direção do partido quer para já deixar que o diploma baixe à comissão para apresentar propostas de alteração. Propostas que vão passar pelo banco de horas e por uma «linha mais garantística para o lado dos trabalhadores», conforme avançou à TSF uma fonte da direção socialista.
A ideia da cúpula de Seguro é cumprir o memorando sem no entanto fechar os olhos ao que ficou assinado na concertação social, que o PS também quer mostrar que valoriza.
Porque muitos deputados levantaram dúvidas, ficou marcada para a próxima terça-feira uma reunião do grupo de trabalho que trata desta matéria aberta a todos os deputados socialistas que queiram participar.