A deputada do PS, Susana Amador, diz que tudo será esclarecido perante a Assembleia da República.
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O PS vai viabilizar a audição do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, sobre o SIRESP.
No Fórum TSF, o deputado comunista Jorge Machado anunciou que o PCP vai entregar ainda esta sexta-feira, um pedido, na Assembleia da República, para ouvir o ministro sobre o negócio do SIRESP. Segundo Jorge Machado, há várias questões que precisam de resposta.
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"Nós vamos ouvir o MAI essencialmente para discutir a opção de compra e para debater o futuro das comunicações e de que forma isto se liga com a utilização, ou não, da rede SIRESP. Em abstrato, podemos chegar à conclusão de que o grupo de trabalho nos apresenta uma solução obsoleta com a qual o SIRESP já não trabalha, e com isso deitarmos fora sete milhões de euros", explicou o membro do PCP.
Ainda no Fórum TSF, Telmo Correia, do CDS, exigiu explicações a Eduardo Cabrita, para que o ministro adote uma postura diferente daquela que revelou no passado: "Solicitaremos o ministro da Administração Interna sobre todos os valores e contornos, esclarecendo todas as garantias que o Governo vai dar."
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Telmo Correia entende que, "durante meses a fio", questionou o ministro como iria ser resolvida esta situação. Sobre as respostas proteladas de Eduardo Cabrita, o centrista diz que primeiro "pediu tempo para tratar da participação e, em seguida, demorou meses a fornecer documentos sobre as falhas".
A deputada do PS, Susana Amador, garante que os socialistas vão dar luz verde à audição do MAI.
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"O Partido Socialista tem tido sempre esta postura desde o início da legislatura. Estamos sempre disponíveis, e viabilizamos sempre tudo o que seja pedidos de esclarecimento, de prestação de contas e de informação", garantiu, até porque, acredita: "Faz parte da postura deste Governo a total cooperação com a Assembleia da República."
O PSD considerou, em declarações à Lusa, que o Governo deve explicações ao parlamento e aos portugueses e quer saber todos os contornos da compra de 100% do capital do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança (SIRESP).
"Queremos perceber se este é um negócio da China ou se é mais uma farsa de nacionalização de um recurso importante para o Estado e para a nossa segurança", disse à Lusa o deputado social-democrata Duarte Marques, num comentário à decisão, anunciada em Conselho de Ministros, da compra, pelo Estado, do capital dos operadores privados no SIRESP por sete milhões de euros.
O PSD detalhou que quer saber "os contornos deste negócio, quais são as cláusulas, quais são os investimentos que os privados ficaram de fazer e que passam para o Estado".
Esta quinta-feira, o PSD tinha exigido explicações ao ministro-adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, sobre a compra de sete milhões de euros.