Num frente-a-frente na TSF, o líder da bancada socialista, Carlos Zorrinho, lamentou que o Governo não se bata pelo alargamento do programa com a troika. Em resposta, Luís Montenegro, da bancada "laranja", acusou o PS de facilitismo.
Corpo do artigo
O Partido Socialista (PS) como é sabido defende novos ajustamentos, nomeadamente em relação ao prazo, à execução do programa de resgate da troika.
À TSF, Carlos Zorrinho, líder parlamentar socialista, lamentou que os entraves a esta proposta surjam quase que exclusivamente do lado do Governo porque, sublinhou, até a troika demonstra disponibilidade.
«O PS, através do seu secretário-geral, abriu a porta para que houvesse um alargamento no prazo para atingirmos estas metas, não desistir das metas, mas ter por exemplo mais um ano para as alcançar. Encontrámos sempre muito mais resistências por parte do Governo a esta proposta, do que por parte da troika», revelou Carlos Zorrinho.
Porém, o líder da bancada do social-democrata, Luís Montenegro, argumentou que o país está numa situação frágil, por isso não pode negociar o alargamento do prazo do empréstimo e acusa o PS de facilitismo.
«Esta de facto é uma visão muito socialista da situação porque muito ligada àquela que foi também a praxis política dos governos do PS. Há aqui uma ideia de facilidade, mesmo de alguma ilusão da situação, que não é compaginavel com a situação que nos temos hoje. O país está numa situação de vulnerabilidade que não lhe dá espaço negocial para poder ter como posições todas quantas foram apresentadas por Carlos Zorrinho», respondeu Luís Montenegro.