O primeiro vice-presidente do PSD, Jorge Moreira da Silva, afirmou «grande confiança na estabilidade da coligação» e contestou o pedido de eleições antecipadas feito pelo PS, alegando esse é um cenário que comporta riscos «facilmente percetíveis».
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Estas posições foram assumidas por Jorge Moreira da Silva depois uma delegação social-democrata ter sido recebida, durante cerca de 45 minutos, pelo Presidente da República, Cavaco Silva, a propósito da crise no executivo, que entretanto PSD e CDS-PP declararam ter resolvido, através de um «entendimento» apresentado pelo primeiro-ministro ao chefe de Estado na sexta-feira ao final da tarde.
Para além de Jorge Moreira da Silva, integraram a delegação do PSD recebida em Belém o secretário-geral do partido, José Matos Rosa, os vice-presidentes Pedro Pinto, Nilza Sena e Teresa Leal Coelho e o líder parlamentar, Luís Montenegro.
Jorge Moreira da Silva, coordenador da direção nacional social-democrata, começou por afirmar que o PSD confia que foram encontradas «todas as condições que reforçam a estabilidade, e a confiança, a coesão e a unidade do Governo» de coligação com o CDS-PP e transmitiu ao Presidente da República a sua «preocupação com qualquer cenário como aquele que é defendido PS de eleições antecipadas».
«Não só entendemos que estão reunidas todas as condições de estabilidade e de coesão da coligação, como também são facilmente percetíveis os riscos associados a uma precipitação de um ato eleitoral, seja comprometendo todos os resultados e os sacrifícios pelos portugueses, seja prejudicando a capacidade de comprometimento em relação ao memorando de entendimento e de uma agenda para crescimento e emprego», acrescentou.
O primeiro vice-presidente do PSD alegou que as «três grandes questões» que preocupam os portugueses são a estabilidade política, o cumprimento do programa de resgate até junho de 2014 e «uma visão que vá para além do memorando de entendimento e que no quadro da atual legislatura possa lançar uma agenda de crescimento e emprego».
Segundo Jorge Moreira da Silva, o PSD está comprometido com esses objetivos.
Quanto à assistência externa, o social-democrata frisou que o PSD considera prioritário que não haja um segundo programa de resgate, para que Portugal retome «plena soberania orçamental e económica».