Os deputados do PSD vão ter liberdade de voto em relação aos diplomas que alargam aos casais do mesmo sexo os direitos de co-adoção e de adoção de crianças. O CDS vai votar contra.
Corpo do artigo
Com os votos da esquerda garantidos (desta vez, o PCP vota sim e na bancada do PS deverá haver mais votos a favor e menos abstenções do que no ano anterior), seriam precisos mais de 20 votos entre os deputados da maioria PSD/CDS-PP para que passasse o diploma sobre a co-adoção de crianças por pessoas do mesmo sexo.
Esta manhã, o PSD decidiu dar liberdade de voto, sendo certo que o sentido maioritário aponta para o voto contra, de acordo com o líder parlamentar Luís Montenegro.
«Decidimos dar liberdade de voto porque entendemos serem matérias que dizem muito respeito à consciência de cada um dos deputados, ainda que o sentido maioritário seja de rejeição relativamente a todos estes projetos», sublinhou.
O projeto assinado por deputados da bancada socialista, entre eles Isabel Moreira, surge ainda assim como aquele que tem mais possibilidades de ser aprovado em relação às propostas do BE e "Os Verdes" que renovam a intenção de permitir a adoção por pessoas do mesmo sexo.
Mais moderado, o diploma socialista estende os direitos de parentalidade e de proteção de menores, visando garantir, por exemplo, que uma criança não fique duplamente órfã em caso de morte da mãe ou pai biológicos.
O projeto prevê que, nesse caso, esteja garantida a parentalidade do pai ou da mãe sobrevivente.
Entretanto, o CDS já fez saber que vai votar contra os diplomas sobre adoção e co-adoção de crianças por pessoas do mesmo sexo.