No Fórum TSF, Paulo Rios Oliveira pede mais explicações ao Governo. Do lado do PS, Pedro Delgado Alves afirma que nas críticas à atuação não fazem sentido, mas admite refletir sobre o reforço da fiscalização das secretas por parte do Parlamento.
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O primeiro-ministro disse ontem no Parlamento que o "não houve qualquer ilegalidade na intervenção do Sistema de Informações de Segurança (SIS) no caso da recuperação do computador do ex-adjunto do ministro das Infraestruturas, mas o PSD deixa suspeitas da atuação dos serviços secretos.
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"Aqui temos vários motivos para suspeitar porque o comportamento do próprio Governo não tem transparência", afirma o deputado do PSD. "A existência de SIS em democracia é uma matéria altamente delicada que os serviços de informações reportam diretamente ao primeiro-ministro. Reportam ao primeiro-ministro, mas não é para estarem ao serviço do primeiro-ministro, de um ministro e muito menos de um partido", lembra Paulo Rios de Oliveira.
O PS não concorda com esta visão do PSD e reforça que os serviços de informações têm atualmente vários mecanismos de fiscalização, com membros eleitos pela Assembleia da República. À TSF, Pedro Delgado Alves admite que a bancada socialista está aberta a refletir com vista "ao reforço parlamentar" dos mecanismos de fiscalização das secretas.
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Além disso, Pedro Delgado Alves considera que, no caso Galamba, "não houve qualquer ilegalidade" e afirma que o papel do secretário-adjunto do primeiro-ministro "não tem sentido".
À esquerda, a deputada comunista Alma Rivera defende mudanças nos mecanismos de fiscalização "para que seja uma comissão mais representativa com uma responsabilidade reforçada". "Seria composta pelos presidentes dos grupos parlamentares, pelo presidente da Assembleia da República, pelos presidentes das comissões de forma a permitir que os partidos e deputados possam ter acesso às informações quando são necessárias."
Já o Bloco insiste que o conselho de fiscalização já devia ter sido demitido. Pedro Filipe Soares diz que não faz sentido que quem não cumpre a sua função esteja ainda em funções e pede também uma maior fiscalização. Por outro lado, Rodrigo Saraiva, da Iniciativa Liberal, sublinha que a criação de uma comissão de inquérito sobre a atuação do SIS é essencial.
"Vai ser necessário a criação de uma comissão de inquérito e esse debate vai acontecer no dia 14 aqui na Assembleia da República onde apresentaremos os nossos argumentos", assinala.