O PSD criticou, esta terça-feira, o silêncio do primeiro-ministro sobre o aumento da violência grave em Portugal e anunciou que o partido vai exigir esclarecimentos sobre as políticas e os meios que sustentam a segurança dos portugueses.
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O vice-presidente do PSD criticou, esta terça-feira, o silêncio do primeiro-ministro, José Sócrates, sobre o aumento de fenómenos de violência grave em Portugal, sobretudo depois de o país ter assistido, «nos últimos 15 dias a situações de bastante insegurança».
«Esperávamos ouvir uma palavra de tranquilidade quanto ao facto do Governo e o Estado terem os meios e a qualificação dos agentes suficientes para garantir a segurança de todos os portugueses», disse, em declarações à TSF.
Nas duas últimas semanas registaram-se vários incidentes, como o assalto a uma dependência bancária do BES em Campolide, que passou por um sequestro de mais de oito horas, e outro assalto em Loures, do qual resultou a morte de um rapaz de 12 anos, atingido a tiro por um militar da GNR.
O deputado do PSD lembrou ainda as recentes notícias sobre a existência de um relatório da Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAE) considerado confidencial pelo ministro da tutela por o seu conhecimento público poder pôr em causa a segurança de agentes das polícias e dos cidadãos em geral.
Neste sentido, o PSD irá, na reabertura dos trabalhos parlamentares em Setembro, exigir esclarecimentos sobre as políticas e os meios que sustentam a segurança dos portugueses, acrescentou.
Contactado pela TSF, o gabinete do primeiro-ministro preferiu manter o silêncio, lembrando apenas que tudo o que havia a dizer sobre a violência em Portugal já foi dito pelo ministro da Administração Interna, Rui Pereira.