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A maioria parlamentar recomenda ao Governo que estabeleça uma estratégia nacional de combate ao cancro da pele. Os dois partidos que suportam a coligação querem, sugerem, entre outras medidas, que os médicos de família tenham mais conhecimentos de dermatologia.
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Reforçar a fiscalização de solários e criar uma base de dados para o registo nacional de todos os doentes com melanoma, com obrigatoriedade de notificação ao Ministério da Saúde. Estas são algumas das recomendações que PSD e CDS/PP fazem ao governo para combater o cancro de pele.
O parlamento debate logo à tarde, em plenário, dois projetos de resolução, um da maioria e outro do PCP.
Do lado da maioria parlamentar, os dois partidos consideram que apesar do «preocupante aumento da incidência», o cancro de pele «não é considerado, ainda, como uma prioridade no contexto das doenças oncológicas».
Os dois partidos sublinham, por isso, que é preciso adotar uma «verdadeira estratégia nacional de combate ao cancro de pele». Assim, a maioria apresenta oito recomendações, entre elas o apertar da fiscalização aos solários, como explicou à TSF, o deputado do PSD, Nuno Reis.
A formação mais qualificada dos médicos de família nesta área é uma das questões que distingue os dois projetos.
Paula Santos, do PCP, entende que a solução passa antes por um reforço da «articulação entre os cuidados de saúde primários e os cuidados hospitalares», tendo em vista a «diminuição do tempo de espera para as consultas de dermatologia».
O PCP, que também recomenda que ao governo que «regulamente os solários e garanta o seu uso de forma salutogénea, não antecipa sentido de voto, mas adianta que, apesar de apoiar «aquilo que for positivo», não deixará de confrontar o governo, em particular sobre o que não tem sido feito em «matéria de prevenção».
Pelo PSD, Nuno Reis diz que o sentido de voto depende do debate desta 4ª feira mas admite que as recomendações do PCP vão «no sentido» do que é defendido pela maioria.
O Partido Socialista vai votar favoravelmente os dois projetos. Maria Antónia Almeida Santos, deputada socialista, escutada pela TSF, deixa no entanto algumas críticas. A presidente da comissão parlamentar de Saúde considera que o facto de a maioria fazer recomendações ao governo, só prova que o trabalho não está a ser feito pelo executivo.