PSD "é o pai do empobrecimento". Para Costa, Governo "é pai e mãe do maior ciclo de crescimento"
Joaquim Miranda Sarmento acusou o Governo socialista de levar a cabo um "truque": "Com as duas mãos tira, em impostos, aos portugueses, e com uma mão cerrada, um punho socialista, devolve um poucochinho." António Costa respondeu.
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Em resposta ao PSD, durante o debate sobre o estado da nação, António Costa, afirmou que o Governo "apresenta soluções" e "não nega os problemas", como salienta a oposição. O primeiro-ministro diz que os governantes estão a estudar novas medidas para apoiar os portugueses no crédito à habitação.
O líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, tomou a palavra sublinhando a "marca do empobrecimento do Governo de António Costa".
"Não diga que a culpa é apenas da guerra, da inflação e da conjuntura externa", adverte Miranda Sarmento.
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"Se com José Sócrates os portugueses conheceram a bancarrota socialista, com António Costa os portugueses sofrem o empobrecimento socialista", atira.
Joaquim Miranda Sarmento afirma que os portugueses pagam cada vez mais impostos e acusa o Governo socialista de levar a cabo um "truque": "Com as duas mãos tira, em impostos, aos portugueses, e com uma mão cerrada, um punho socialista, devolve um poucochinho."
As críticas do social-democrata foram seguidas pela resposta do líder do Executivo, que afirma que Governo "é pai e mãe do maior ciclo de crescimento".
"Nunca o ouvi a dizer uma palavra sobre o aumento das taxas de juro", atira para o líder parlamentar do PSD.
Costa diz até que o "partido do empobrecimento" é o PSD, lembrando que Rui Rio admitiu que aumentar o salário mínimo "era uma irresponsabilidade". "Nós somos os pais e as mães do maior ciclo de crescimento do país", acrescenta.
O Governo continua, no entanto, "a trabalhar", com o primeiro-ministro a dar o exemplo do IRS jovem.
No entanto, Miranda Sarmento fala num país "pior do que estava em 2015", considera que o lema do Governo tem sido "empobrecimento, impostos máximos e serviços mínimos", lembrando ainda os "casos polémicos" e as "trapalhadas" que têm envolvido o Executivo.
"O PS usa a maioria absoluta apenas e só para se manter no poder. Porque não quer ser Governo, basta-lhe ter poder", acusou.
Por fim, Miranda Sarmento, que rejeita ainda que o PSD não tenha apresentado propostas para solucionar os problemas do país, fala de medidas para a redução do IRS, o pacote de habitação, a revisão constitucional, a colocação de professores, ou o programa para imigração e demografia, como exemplo.
"Não podem negar que o PSD tem feito contributos importantes para a melhoria da vida dos portugueses", defende. E deixa um repto ao primeiro-ministro: "No estado da nação, abandone o estado de negação em que está".