
Jorge Moreira da Silva
Jorge Moreira da Silva avisou que o PSD não têm «o papel de 'baby-sitter'» do PS nem podem obrigá-lo «a ser um partido responsável», acusando os socialistas de uma «retórica radical».
«O PSD não pode andar com o PS ao colo. Não temos o papel de 'baby-sitter' do PS. Não se deve pedir ao PSD ou ao Governo que obrigue o PS a ser um partido responsável», afirmou Jorge Moreira da Silva, em Beja, durante uma visita à 29.ª Ovibeja.
Segundo Jorge Moreira da Silva, que reagia a declarações do secretário-geral e do líder parlamentar do PS, respetivamente António José Seguro Carlos Zorrinho, «o PS segue o seu caminho», mas «em todo o caso», o PSD espera que «o PS possa abandonar esta retórica um pouco radical, que iniciou há duas ou três semanas».
«Não porque isso seja fundamental para o Governo ou para o PSD», já que «o PSD lidera um governo de coligação», que «está a fazer o seu caminho e a ter resultados e, portanto, não há nenhum sinal de radicalismo da parte do PS que prejudique o dia-a-dia da governação», mas porque «prejudica o sinal que é dado para o exterior», explicou.
Na sexta-feira, no debate quinzenal com o Governo no Parlamento, António José Seguro, após acusar o primeiro-ministro de preparar a aprovação do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) nas costas do Parlamento, avisou que os socialistas não assinarão de cruz e que o executivo ficará isolado.
Na quarta-feira, durante a sessão solene comemorativa do 25 de Abril no Parlamento, Carlos Zorrinho acusou o Governo de «proceder à maior inversão de rumo da História democrática» e disse que os socialistas irão fazer «uma rutura democrática» com quem «ousar tentar destruir numa legislatura o que levou décadas a construir».