PSD não se fica: "Pedro Nuno Santos é a última pessoa que pode falar de radicalismo"
O líder parlamentar social-democrata comentou as palavras do candidato à liderança do PS, no momento da apresentação das propostas do PSD para o OE2024.
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O líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, afirmou, esta terça-feira, que Pedro Nuno Santos" é a última pessoa que pode falar de radicalismo". As declarações do líder da bancada social-democrata surgem depois de o candidato a líder do PS ter declarado que uma aliança entre o PSD e os liberais já seria "suficientemente radical" sem o Chega.
"Quem queria não pagar a dívida e punha as pernas dos banqueiros a tremer...", ironizou Miranda Sarmento, citando declarações feitas por Pedro Nuno Santos durante os tempos da 'troika', quando estava na oposição e defendia que o Estado português não deveria cumprir com as obrigações para com os credores.
Joaquim Miranda Sarmento não se ficou por aí e sublinhou que, como ministro, o agora candidato à liderança socialista teve "decisões incompreensíveis" e "mostrou que não estava preparado para exercer funções".
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"Não me parece que tenha qualquer legitimidade para fazer qualquer crítica a quem quer que seja", rematou Miranda Sarmento, na Assembleia da República, durante a conferência de imprensa de apresentação das propostas do PSD para o Orçamento do Estado de 2024.
E no que às propostas orçamentais do PSD diz respeito, não há grande novidade a revelar, porque, explica o líder parlamentar, as aflições dos portugueses não mudaram.
"Os problemas dos portugueses não se alteraram pelo facto de haver eleições. Os problemas na Saúde, na Educação, na Habitação, na Justiça, nos serviços públicos, na perda de poder de compra - esses problemas não se alteraram pelo facto de irmos ter eleições no dia 10 de março e a formação de um novo governo", defendeu Miranda Sarmento, frisando o motivo pelo qual as propostas do PSD também não se alteram.
Mantêm-se, por exemplo, a intenção de reduzir o IRS e o IRC, assim como a criação de programas de apoio à compra da primeira casa e a reposição do tempo de serviço dos professores, ao longo de cinco anos, além da eliminação do aumento do Imposto Único de Circulação e da contribuição para o alojamento local.
Medidas que o PSD não se compromete a colocar, todas, no próximo Orçamento retificativo, caso venha a ser Governo, mas, sim, a aplicar durante os próximos quatro anos.
"Sem dúvida que procuraremos implementá-las no decorrer da próxima legislatura", refere.
O líder parlamentar social-democrata rejeita ainda que o PSD esteja a querer "dar tudo a todos" e afasta a existência de "objetivos eleitoralistas" por trás destas propostas.