PSD pede esclarecimentos e considera incidente com navio "grave e preocupante"
Bancada social-democrata avança com interpelação à ministra da Defesa via Assembleia da República para saber nível de prontidão de todos os navios de patrulha. Deputado Jorge Paulo Oliveira diz à TSF que incidente é "grave e preocupante".
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O PSD vai dar esta terça-feira entrada a uma pergunta na Assembleia da República dirigida à ministra Helena Carreiras para perceber não só o incidente com o navio Mondego, mas também o estado de prontidão de cada navio. Com críticas à governação do PS, o deputado Jorge Paulo Oliveira considera que está aqui em causa "a imagem de Portugal".
"Este incidente é grave e preocupante, não apenas porque coloca em causa a imagem de Portugal, mas sobretudo coloca em causa a importância e o papel que a marinha tem no patrulhamento dos nossos mares e das nossas costas", defende o deputado Jorge Paulo Oliveira, notando que "tudo isto é o resultado de sete anos de políticas do atual governo".
Apontando uma redução nas rubricas de despesa com operação e manutenção do orçamento do Estado para as forças armadas, Jorge Paulo Oliveira realça ainda "atrasos manifestos e objetivos que se verificam na lei de programação militar".
No entanto, sobre este episódio em particular, os deputados do PSD, além de quererem perceber "qual é o estado de prontidão e de operacionalidade de cada um dos navios", pretendem também esclarecimentos sobre se "as deficiências técnicas verificadas ou que foram apontadas ao NRP Mondego estão sanadas ou quando vão ser sanadas".
"Queremos também saber porque razão é que, em concreto, este navio tem duas mil horas a mais em termos daquilo que são os seus motores", aponta Jorge Paulo Oliveira, querendo ainda perceber se a governante considera estes níveis de operacionalidade adequados.
Não excluindo chamar a tutela ou o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, o PSD quer primeiro uma resposta a esta interpelação que dá agora entrada na Assembleia da República.
Toda esta polémica rebentou na noite desta segunda-feira quando a agência Lusa noticiou que "mais de uma dezena de militares do navio NRP Mondego, que se encontra na Madeira, recusaram-se no sábado a embarcar para cumprir uma missão, invocando falta de condições de segurança".