Passos Coelho votou ao final da tarde nas eleições internas do PSD. O candidato único à liderança "laranja" confessou que não é fácil conciliar a liderança do partido com a chefia do Governo.
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Eleito presidente do PSD em março de 2010, sucedendo a Manuela Ferreira Leite, Passos Coelho fez um balanço destes dois anos, considerando que enfrentou «condições bastante difíceis» e que agora o partido vai iniciar «um ciclo novo», para o qual disse partir «confiante».
«É um ciclo novo que se vai iniciar agora dentro do PSD. Fizemos estes dois anos em condições bastante difíceis, a seguir a umas eleições nas quais o PSD não tinha chegado a merecer a confiança do eleitorado, até às últimas eleições legislativas, em junho do ano passado, em que o povo português nos confiou a responsabilidade de governar», disse.
Segundo Passos Coelho, no Governo de coligação com o CDS-PP, o PSD está «a atravessar o período de governação mais difícil, mas aquele por que vale a pena lutar quando se acredita em Portugal», tendo como ambição «dar um contributo decisivo para que o país possa sair da atual situação difícil e conquistar um direito à prosperidade e à independência que as pessoas querem reganhar».
Questionado se, sendo primeiro-ministro, consegue ter tempo para a liderança do PSD, Passos Coelho respondeu: «Há menos tempo, isso é evidente. O PSD quando está no Governo precisa de encontrar outros mecanismos para manter a sua vitalidade», acrescentando que espera «que no próximo Congresso se encontrem as soluções adequadas para isso».