A decisão final está dependente do Conselho de Jurisdição Nacional. O PSD poderá expulsar perto de 400 militantes que apoiaram listas adversárias nas últimas eleições autárquicas.
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O jornal Público cita fontes partidárias que afirmam que estes processos resultam de queixas que chegaram à direção do PSD.
A decisão final está dependente do Conselho de Jurisdição Nnacional, que já recebeu pelo menos 396 processos. O jornal revela que, por enquanto, é este o número de militantes que enfrentam a sanção máxima e que podem vir a ser expulsos do PSD.
Em causa está o envolvimento em candidaturas adversárias nas últimas eleições autárquicas. Ao jornal, o líder da concelhia de Matosinhos declara que o comportamento destes militantes é muito grave.
Pedro da Vinha Costa afirma que não se pode estar com um pé fora e outro dentro do partido, confirmando que alguns destes processos foram enviados por si para a direção nacional.
Em Vila Nova de Gaia, a lista também encurtou. Os militantes que apoiaram a candidatura de Guilherme Aguiar, que abandonou o PSD para avançar como independente, foram os visados pela limpeza partidária.
O líder da distrital garante que a expulsão deve-se à falta de pagamento de quotas, mas os militantes preferem usar o termo purga e dão como exemplo a filha de Guilherme Aguiar que tem as contas em dia, mas foi retirada das listas.
Cabe agora ao Conselho de Jurisidção pronunciar-se sobre todos estes casos. Os estatutos do PSD são claros: os militantes do partido que se apresentem em qualquer eleição na qualidade de candidatos, mandatários ou apoiantes de candidaturas adversárias do PSD devem ver a inscrição cessada.
O Público refere que há mais queixas a caminho e que no total podem chegar às 500.
Contactado pela TSF, o presidente da concelhia do PSD de Matosinhos, Pedro da Vinha Costa, que foi cabeça de lista nas autárquicas e que apresentou queixa contra alguns companheiros de partido, diz que é preciso acabar com atitudes dúbias, conforme as conveniências.
Já Miguel Pinto Luz, presidente da distrital de Lisboa do PSD, diz que está de acordo com o processo porque os estatutos do partido são para cumprir.
Também contactado pela TSF esta manhã, João Calvão Silva, presidente do Conselho de Jurisdição do partido, não quis prestar declarações sobre o assunto.