Numa carta dirigida ao Governo, assinada por Eduardo Catroga, o PSD insistiu ainda na necessidade de mais privatizações que devem incidir sobre o sector empresarial do Estado.
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O PSD lembrou ao Governo que continua à espera de informação «essencial» para analisar o real estado do país e esclarece que pontos é que o maior partido da oposição entende como fundamentais no desenho do plano de ajuda externa.
Numa carta ao Executivo assinada por Eduardo Catroga onde os sociais-democratas lamentam não estar de posse de todas as informações necessárias sobre o estado da economia portuguesa, o PSD frisa a necessidade de mais privatizações, que devem ser melhor programadas.
Entre as ideias a incluir nas negociações sobre a ajuda externa, o partido liderado por Passos Coelho entende que as privatizações devem incidir sobre o sector empresarial do Estado, nomeadamente na área dos transportes, e que deve haver um saneamento em todas as empresas públicas.
Apesar de entenderem que a carga fiscal é demasiado elevada e que prejudica o desenvolvimento do país, o PSD admite um aumento dos impostos, sobretudo do IVA, mas acompanhado da redução da taxa social única, devendo ser respeitados os grupos mais desfavorecidos e as despesas das famílias.
Os sociais-democratas defendem ainda o reforço do sistema bancário, mas a uma «redução imperiosa» da presença do Estado nesse sistema, uma ideia já defendida pelo líder do partido, que propôs a entrada de privados em activos da Caixa Geral de Depósitos.
Nesta carta, o maior partido da oposição reitera as críticas feitas aos sucessivos Programas de Estabilidade e Crescimento e à execução orçamental de Março e diz não concordar com as medidas aprovadas na Concertação Social por serem insuficientes.