O Conselho Nacional do PSD reúne, esta quarta feira. Na agenda do encontro está a clássica análise da situação política, mas espera-se que o tema a animar o debate seja o das autárquicas.
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Muito se tem falado de nomes (dos oficiais e dos que ainda estão por formalizar) e é mais que certo que, esta terça-feira, Passos Coelho vai ter de prestar contas ao partido sobre as escolhas para as próximas eleições autárquicas, a começar por Lisboa.
Fernando Seara é dado como certo (Miguel Relvas lançou a candidatura no início do mês), mas o atual presidente da Câmara de Sintra não confirma e o presidente do partido assegura que a decisão ainda não está tomada.
A distrital de Lisboa escolheu, até agora, seis nomes e empurrou quatro para Janeiro (incluindo o do candidato à Câmara da capital) com a garantia dada à TSF de que é uma questão de timing, que nada tem a ver com falta de nomes. Esse é um mal de que o partido não se pode queixar em Sintra, onde até tem dois candidatos: o oficial, Pedro Pinto, e o que decidiu avançar sozinho, Marco Almeida.
No Porto, o PSD também corre o risco de se dividir. O nome de Luís Filipe Menezes foi aprovado pelas estruturas, mas as dúvidas sobre a legalidade de um novo mandato (ainda que na outra margem do Douro) e a possível candidatura de Rui Moreira (com o apoio do CDS e de Rui Rio) fazem tremer o apoio ao atual presidente da Câmara de Gaia.
Não é segredo, a dificuldade que o partido tem tido na gestão do processo autárquico: a impopularidade do Governo, as mudanças legislativas que dão outra cara e outro peso ao poder local, retiram vontade a quem, em tempos, pensou avançar; e se a esta equação juntarmos a saída de cena de alguns históricos do PSD, percebe-se porque razão o tema preocupa e promete ser um dos assuntos em destaque no último Conselho Nacional de 2012.