Entrevistado pela TSF, Joaquim Miranda Sarmento considera que "não vale a pena especular sobre cargos e nomes" e que PSD tem de fazer o seu trabalho.
Corpo do artigo
O líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, para já não quer revelar qual a sua posição sobre a hipótese de uma coligação pré-eleitoral. Deixa essa decisão para os órgãos próprios do partido e sublinha que o "PSD sempre esteve unido desde a eleição de Luís Montenegro".
"Os órgãos próprios do partido irão refletir sobre isso e definir a estratégia. O mais importante é que os portugueses terão de fazer uma escolha: manter estas pessoas, práticas e políticas ou escolher uma alternativa e o único voto que coloca o PS fora do Governo é o voto no PSD. Até por respeito aos órgãos do partido direi a minha opinião no sítio próprio. Não o devo fazer em público antes de dizer aos meus companheiros de bancada e de comissão política nacional", afirmou.
Questionado sobre se acredita na hipótese de os social-democratas conseguirem conquistar uma maioria absoluta, Miranda Sarmento diz apenas que o PSD tem de fazer o seu trabalho.
"Apresentar o programa, realizar uma campanha e tentar convencer o maior número possível de portugueses a votar no PSD e depois veremos o que decidem no dia 10. As coligações pré-eleitorais serão discutidas muito em breve pelos órgãos próprios do partido", explicou.
Apesar da "grande pluralidade de opiniões" no partido, Joaquim Miranda Sarmento garante que o PSD "sempre esteve unido desde a eleição de Luís Montenegro", que ganhou as eleições internas com mais de 70% dos votos.
"Nunca tinha acontecido. A bancada do PSD sempre esteve unida. Havia seguramente uma grande pluralidade de opiniões, isso é normal, mas nunca senti falta de apoio. Senti sempre, sobretudo, um enorme empenho de todos em ajudar o PSD a levar a sua mensagem, a defender a propostas que temos e essa união obviamente sai reforçada deste congresso, mas verifica-se desde o primeiro dia em que Luís Montenegro foi eleito", sublinhou.
"O meu mandato enquanto líder parlamentar termina algures a meio de abril quando o novo Parlamento tomar posse serei mais um deputado, assumindo que sou eleito, e haverá uma nova eleição para líder parlamentar. Não vale a pena estarmos a especular sobre cargos e nomes. Neste ano e meio que levo de liderança parlamentar senti sempre um grande apoio do líder, da comissão política nacional e dos outros 76 colegas com quem tive a honra de partilhar a bancada do PSD", afirmou.
Questionado pela TSF sobre se está disponível para assumir, novamente, o lugar de líder parlamentar, diz que ainda é "prematuro" e "não é relevante".
"Os portugueses não estão preocupados sobre se pessoa X ou Y vai ocupar o lugar A ou B, mas sim com que soluções é que o PSD tem para os problemas que o país atravessa no dia-a-dia e é isso que interessa discutir até ao dia 10 de março. Os portugueses terão de escolher se querem como primeiro-ministro uma figura credível e ponderada como Luís Montenegro ou alguém imponderado como será Pedro Nuno Santos se ganhar as eleições internas do PS", acrescentou.