As autoridades alertam que, atualmente, os carteiristas não vão à procura só de dinheiro vivo, assistindo-se "cada vez mais ao interesse pelos cartões de débito/crédito".
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A PSP deteve e identificou 693 suspeitos da prática de crime de furto por carteirista nos últimos dois anos. Em 2023, o valor do prejuízo patrimonial causado por estes furtos ultrapassou os 2,4 milhões de euros.
Num comunicado enviado às redações, a PSP nota que "no ano de 2022 foram registados 4850 crimes de furto por carteirista, e em 2023 esse número ultrapassou ligeiramente os cinco mil". Já em 2023, foram identificados 295 suspeitos enquanto autores deste ilícito (+19,3% que em 2022).
Para a PSP, "a criminalidade itinerante e organizada, como é o caso dos furtos por carteirista, constitui uma verdadeira e permanente preocupação, uma vez que os autores deste tipo de ilícito atuam com astúcia e muitas vezes de forma concertada, causando prejuízos patrimoniais avultados às vítimas". Só em 2023, o valor do prejuízo patrimonial causado por estes furtos ultrapassou os 2,4 milhões de euros.
As autoridades afirmam que existe uma correlação entre os locais com maiores aglomerados populacionais e os locais com maior número de ocorrências, destacando-se os centros turísticos das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto e também os transportes públicos. Além disso, a PSP destaca que, atualmente, os carteiristas não vão à procura só de dinheiro vivo.
"Assiste-se cada vez mais ao interesse dos carteiristas pelos cartões de débito/crédito e sua posterior utilização, quer para efetuar levantamentos de dinheiro, quer para proceder ao pagamento de compras", lê-se.
A PSP recomenda, por isso, que as pessoas guardem os pertences e objetos pessoais em bolsos interiores, não tenham o telemóvel à vista, nem o guardem no bolso traseiro das calças. Os polícias aconselham ainda as pessoas a não andar com quantias avultadas de dinheiro consigo.