A Plataforma dos Sindicatos da PSP e da GNR enviou uma carta ao primeiro-ministro, alertando para os riscos da segurança em Portugal.
Corpo do artigo
A Plataforma dos Sindicatos da Polícia de Segurança Pública (PSP) e Associações da Guarda Nacional Republicana (GNR) enviou esta sexta-feira uma carta ao primeiro-ministro demissionário, António Costa, e garante que, se "falta de disponibilidade continuar", os polícias podem "desesperadamente extremar posições".
"Face à falta de disponibilidade do Sr. Primeiro Ministro para reunir, a Plataforma teve necessidade de alargar e amplificar os motivos do seu descontentamento e preocupação, desenvolvendo reuniões junto de vários quadrantes da sociedade civil, política e religiosa", lê-se numa nota enviada às redações.
Apesar das manifestações, as forças de segurança não compreendem o "silêncio" do Governo, acusando-o de "fugir ao debate e às questões".
"Sentimos que os polícias chegaram ao limite, podendo desesperadamente extremar posições, como as que estão a desenvolver-se por todo o país", defendem, sublinhando que "nada do que possa acontecer poderá ser visto com surpresa pelo poder político".
Os elementos PSP e da GNR exigem um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária, estando há mais de três semanas em protestos numa iniciativa de um agente da PSP em frente à Assembleia da República, em Lisboa, que depois se alargou a todo o país.
"É imprescindível e urgente uma responsável atuação por parte do Governo, pois o silêncio perpétua um sentimento de abandono e desprezo pelos profissionais das Forças", lê-se na mesma nota.
Em declarações à TSF, o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, Paulo Santos, afirma que "todos os dias temos assistido a soluções em Conselho de Ministro" e, por isso, o país estar perante um Governo em gestão não é justificação para o silêncio.