PSP e GNR vão desfilar do Marquês de Pombal até à Assembleia da República. Reclamam mais subsídios e melhor equipamento de proteção pessoal.
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Os sindicatos esperam a maior participação de sempre. Elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP) e Guarda Nacional Republicana (GNR) de todo o país reúnem-se esta tarde, em Lisboa, numa manifestação para demonstrar o descontentamento perante os problemas que persistem entre os profissionais das forças de segurança.
Com o lema "tolerância zero", a manifestação conjunta é organizada pela Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) e Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR).
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Entre as reivindicações que motivaram o protesto e além dos aumentos salariais está também a atualização dos suplementos remuneratórios, que não são revistos há mais de 10 anos, o pagamento de um subsídio de risco e mais e melhor equipamento de proteção pessoal. Os polícias exigem também uma fiscalização das condições de higiene, saúde e segurança no trabalho e que seja cumprido o estatuto na parte referente à pré-aposentação aos 55 anos.
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Em declarações à TSF, César Nogueira, presidente da Associação dos Profissionais da Guarda, diz esperar uma grande participação. "Serão milhares [de profissionais nas ruas]. Provavelmente será a maior manifestação das forças de segurança de todas", afirmou o César Nogueira. "Esperamos que o Governo olhe para as forças de segurança com seriedade e que não se cinja a promessas que depois não cumpre."
Paulo Rodrigues, dirigente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, também espera uma boa adesão ao protesto. "Esta manifestação acaba por concentrar toda a desmotivação e revolta que existe, não só porque há um conjunto de problemas que se agravam, mas também porque durante quatro anos praticamente nada foi resolvido. Andámos de promessas em promessas, de análises em análises, de estudos em estudos, e acabámos por nunca concretizar a resolução desses problemas", explicou.
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Apesar de o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, se ter reunido na quinta-feira passada com os sindicatos mais representativos da PSP e na segunda-feira com a APG/GNR, as estruturas decidiram manter o protesto, por ainda não estar definido um calendário para a resolução rápida dos problemas, apenas uma agenda de reuniões negociais.
A manifestação começa às 13h00 no Marquês de Pombal, em Lisboa, e termina com uma concentração frente à Assembleia da República, às 16h00.
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