"PSP tem exatamente aquilo que o SEF deixou." ASPP responde à IGAI sobre videovigilância no aeroporto de Lisboa
À TSF, Carlos Oliveira, dirigente da ASPP, denuncia que, desde que o SEF foi extinto, a Polícia de Segurança Pública ainda não conseguiu ter acesso às credenciais que permitem aceder ao sistema
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A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP) lembra que era impossível resolver em dois meses todos os problemas que ficaram dos tempos do SEF, até porque a PSP só assumiu o controlo de fronteiras no final de outubro. O relatório da Inspeção-geral da Administração Interna, divulgado esta quinta-feira, refere que o sistema de videovigilância de que a PSP dispõe no aeroporto de Lisboa suscita preocupação e motiva dúvidas sobre se está a ser utilizado da forma mais correta.
Em declarações à TSF, Carlos Oliveira, dirigente da ASPP, denuncia que, desde que o SEF foi extinto, a Polícia de Segurança Pública ainda não conseguiu ter acesso às credenciais que permitem aceder ao sistema.
"A PSP tem exatamente aquilo que o SEF deixou, aliás, neste caso concreto do CCTV, que é referido neste relatório, a PSP já pediu as credenciais por variadíssimas vezes à entidade anterior do SEF. Estamos a falar das passwords para aceder ao sistema e elas nunca foram cedidas, portanto, neste momento, o que a PSP está a fazer é equacionar a aquisição de um sistema novo, porque não consegue aceder ao sistema que o SEF deixou", explica à TSF Carlos Oliveira, sublinhando que "a única coisa que se consegue fazer nesse sistema de CCTV é apenas visionar ao vivo". "Não se consegue ter outro tipo de acessos", garante.
A IGAI recomenda ainda à PSP que garanta que há, em algum período do dia, pelo menos um agente do sexo feminino nas instalações do espaço equiparado a centro de instalação temporária. Carlos Oliveira garante que essa já é uma realidade no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
"O efetivo é constituído por equipas mistas, ou seja, tem homens e mulheres, portanto, é constituído por elementos masculinos e femininos. Eventualmente, pode acontecer, num turno ou outro, por uma questão de doença, não ser possível naquele momento substituir por um elemento feminino. A PSP tem essa dificuldade de recrutar elementos femininos. No entanto, essas equipas são formadas por equipas mistas, ou seja, tem elementos masculinos e femininos", assegura.
