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Da política aos negócios, Isabel Amaral, especialista em Protocolo, considera que nos dias que correm ganha peso a comunicação não verbal e fazendo jus à frase - "como manda o protocolo" - estes tipos de regras são fundamentais, quer para os líderes políticos, quer empresariais.
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A professora, empresária, consultora e formadora, exemplifica a importância da reflexão sobre os modos de agir dos líderes com acontecimentos recentes. Começa por falar da visita da presidente da comissão europeia, Úrsula von der Leyen, a Kiev, que se vestiu com as cores da bandeira da Ucrânia, perante um Volodymyr Zelensky, que não abandona o traje de líder em guerra, na data de celebração do dia da Europa, que coincidiu com o discurso de Vladimir Putin, nas celebrações do dia da Vitória da Rússia. Mas depois de ouvir uma colega na análise à expressão facial do líder russo, conclui que desta vez Putin deu sinais diferentes, daqueles que mostrou ao mundo, a partir do topo da longa mesa presidencial do palácio do Kremlin, desde o início do conflito, sempre que recebia um presidente estrangeiro, ou o próprio secretário geral da ONU, António Guterres.
Qualquer informação importa em momentos-chave da história da humanidade, como os que estamos a viver, adianta esta especialista, que foi consultora e adjunta de Cavaco Silva entre 86 e 95 e tem acompanhado vários governos, desde Cabo Verde, a Angola, ou Namíbia nas suas diferentes formas de relacionamento protocolar. É com base nessa experiência que considera importante debater a temática da liderança, num evento como o QSP summit, sublinhando ainda, o papel relevante da liderança no feminino, por considerar que as mulheres, pela capacidade inata na gestão familiar, têm ferramentas de motivação dos outros, até nas empresas. São capazes de unir equipas e mobiliza-las para causas, ou objetivos comuns.
Já a partilha de ideias, em nome de um mundo mais sustentável, é defendida pelo patrão da RIOPELE. A gigante portuguesa da confeção que tem em curso um investimento de 35 milhões para atingir a neutralidade carbónica nos próximos 4 anos e tem entre os principais clientes, a Zara, o EL Corte Inglés, ou, a Massimo Dutti, vai estar na Exponor para "beber" toda a informação que a ajude a construir um negócio mais sustentável.
Herdeiro de um negócio de família já com 85 anos, que hoje dá emprego a mais de 900 pessoas nas confeções que detém na freguesia de Pousada de Saramagos, a poucos quilómetros de Famalicão, José Alexandre Oliveira considera que este é mesmo o momento crucial de juntar gestores e especialistas em gestão e marketing, para abordar a liderança em tempos desafiantes de transformação digital e de mudanças políticas estruturais que se impõem. Por isso, gostava de mostrar ao mundo o que se faz em Portugal e até de ver o QSP summit internacionalizado, uma vez que é o único evento neste domínio que conhece e que se realiza na Europa.
No mundo dos negócios não há gestão, sem inspiração e aprendizagem, defende José Fortunato, administrador MC, do universo Sonae. O economista justifica assim a participação recorrente no evento, das equipas da retalhista portuguesa, que numa década já abriu mais de 300 lojas e só no ano passado registou vendas de quase 6 mil milhões de euros.