Câmara Nacional de Peritos Reguladores denuncia risco de peritos beneficiarem seguradoras em prejuízo dos lesados.
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Não existe lei estabeleça regras para a profissão de perito e regulador de sinistros. Qualquer um pode desempenhar esta função, sem habilitações académicas, carteira profissional ou qualquer formação específica.
A denúncia é feita pela Câmara Nacional de Peritos Reguladores (CNPR) ao Jornal de Notícias, que considera estar em causa a independência das peritagens.
Isto porque, devido a esta falta de requisitos, os técnicos ficam nas mãos de quem os contrata, ou seja, as seguradoras, em prejuízo dos lesados.
Em declarações ao jornal, o presidente da CNPR alerta que as seguradoras são livres de recorrer a técnicos que saem mais baratos, pagando honorários demasiado baixos. Em alguns casos, denuncia Rui Almeida, há quem não receba sequer o suficiente para pagar o combustível e as portagens das viagens que têm de fazer para avaliar um acidente.
A Câmara de Peritos Reguladores considera ser a única entidade estruturada que garante investigações aos acidentes rodoviários com independência, competência e critérios deontológicos rigorosos, pelo que pede ao Governo que lhe sejam atribuídas mais competências.