Quando nasces num país, onde seres quem és, te pode matar!

Adam, é o protagonista desta história, que dá título ao espetáculo, e que existe. Um egipcio que teve de emigrar para a Escócia e passou setecentos dias, num quarto até receber o estatuto de refugiado, porque é um jovem trans. Andreia Bento já andava com este texto desde 2019, convocou a amigo Nuno Gonçalo Rodrigues e fizeram aqui um pas de deux, na encenação de Adam.

Dois encenadores, e dois atores, Eduarda Arryaga e Tomás de Almeida, são o Adam escocês e o Adam egípcio, o próprio Adam deu a fórmula, porque Adam Kashmiry, tem sido consultor deste espetáculo dos Artistas Unidos.

O final podia ser apenas um final feliz, mas há ainda muita vida para o próprio Adam e os dois encenadores não estavam a gostar do final da peça, com esse encontro consigo próprio, de felizes para sempre.

Diz o próprio Adam, Quando nasces num país onde seres quem és te pode matar, o exílio é a única hipótese. Uma história contada à dramaturga escocesa, Frances Poet.

ADAM de Frances Poet Tradução Nuno Gonçalo Rodrigues Com Eduarda Arryaga e Tomás de Almeida e as vozes de Andreia Bento, Francisco Silva, João Pedro Mamede, Pedro Carraca e Tiago Câmara Pereira Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Vídeo Marie Jiménez Operação Lucas Domingos e Marie Jiménez Montagem Diana dos Santos e Francisco Silva Construções Francisco Silva Direcção de cena Helder Bráz Consultoria Adam Kashmiry e Dani Bento (GRIT/ILGA Portugal) Encenação Andreia Bento e Nuno Gonçalo Rodrigues M14

Adam, dos Artistas Unidos, no Teatro da Politécnica, em Lisboa, terça a quinta às 19h00, sexta às 1h00 e sábados às 16h00 e às 21h00, até 24 de junho.