Quando o barato sai caro: este Natal saiba quais os brinquedos considerados perigosos
A líder da APSI pede, na TSF, "particular atenção" a brinquedos com pilhas, "nomeadamente de botão", que ao serem ingeridas "podem provocar situações graves de perfurações dos órgãos internos".
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A Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI) recomenda que durante a escolha de brinquedos para oferecer no Natal os portugueses tenham como critério fundamental a segurança das crianças e não o preço, alertando para o perigo da contrafação.
A presidente da APSI, Sandra Nascimento, teme que após o aumento do custo de vida e consequentes dificuldades financeiras de muitas famílias a escolha da segurança deixe de ser uma prioridade.
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"O preço é um dos aspetos a que as pessoas dão mais importância e faz todo o sentido", aponta Sandra Nascimento, em declarações à TSF, afirmando, contudo, que este não deve ser o único fator a pesar, até porque o barato pode sair caro.
"Vemos pela própria qualidade dos materiais que são produtos contrafeitos e falsificados, que são criados, produzidos ou distribuídos por fabricantes que, não sendo responsáveis e fidedignos, não seguem as regras, os requisitos, a legislação e as normas que estão estabelecidas para este tipo de produto - e que são bastantes - e, portanto, não fazem o investimento que as marcas e os fabricantes responsáveis, que seguem estas regras, fazem naquilo que é o melhoramento e a segurança e a qualidade dos seus produtos", destaca, afirmando que os "outros tipos de fabricantes, que só estão interessados no lucro e num lucro rápido e imediato", não cumprem os mesmos requisitos.
A APSI, que deixa um conjunto de alertas, apela ainda a que se verifique se os brinquedos têm a marcação CE (um indicativo de conformidade obrigatória para diversos produtos comercializados no Espaço Económico Europeu) e a indicação do nome e contactos do fabricante. O tamanho das peças e a sua composição são outros fatores a ter em conta.
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"Os brinquedos não podem ter peças que se possam soltar facilmente menores do que 3 ou 3,5 cm. Se forem esféricas, não podem ter menos do que 4,5 cm. Os cordões não podem ser muito compridos - poderão ter no máximo 22 ou 30 cm. Um fio muito comprido ou uma peça pequenina que se possa soltar, como uma roda de um carrinho ou um brinquedo que é muito fácil de quebrar e por dentro tem bolinhas pequeninas que a criança poderá pôr na boca, são brinquedos que podem representar riscos para a criança", sublinha.
Sandra Nascimento pede ainda "particular atenção" a brinquedos com pilhas.
"Nomeadamente as pilhas de botão, mesmo ímanes, que são elementos dos brinquedos que, se a criança ingerir, entrando em contacto com o seu corpo e com as próprias reações químicas, podem provocar situações graves de perfurações dos órgãos internos", destaca.