Quase 1,4 milhões de alunos penalizados pela falta de professores, revela Fenprof
Finalizado outro ano letivo, eis os números tão aguardados e que o Governo admitiu à TSF, em maio, que podia não conseguir obter. Segundo a Fenprof, no primeiro período, houve mais de 800 mil estudantes prejudicados por este problema
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Agora que chegou ao fim mais um ano letivo, a Federação Nacional de Professores (Fenprof) conta em quase 1,4 milhões os alunos penalizados pela falta de professores. O número é este domingo adiantado pelo Jornal de Notícias.
O problema foi mais grave no primeiro período, com mais de 800 mil estudantes prejudicados. Já no segundo período, foram 402 mil e, no final do ano, cerca de 150 mil. Estes dados revelam uma situação pior do que aquela que se viveu no ano letivo anterior.
Lisboa, Setúbal e Faro são os distritos mais atingidos pela falta de professores.
Em novembro de 2024, o ministério da Educação, Fernando Alexandre, anunciou a realização de uma auditoria para saber ao certo quantos alunos estavam sem professor a uma ou mais disciplinas. Os resultados desse estudo foram anunciados para março, passou para abril e depois para maio, mas até hoje não são conhecidos.
Em maio, Fernando Alexandre disse que a divulgação do número de alunos sem aulas podia não acontecer e apontou falhas no sistema de informação. Em declarações exclusivas à TSF, o ministro da Educação admitiu que "esse número não é possível contabilizar de forma rigorosa".
