Em declarações à TSF, a capitão Joana Machado adianta que os distritos mais afetados por este tipo de crime são Porto, Setúbal e Faro
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A GNR assume que está "preocupada" com o número de viaturas furtadas. Em 2025, já foram registadas 2183 queixas, sendo que os principais concelhos afetados são Loulé, Vila Nova de Gaia e Almada.
O Jornal de Notícias adianta que, por dia, são roubadas, em média, 20 viaturas. São dados que juntam os números da PSP e da GNR desde 2020 e até ao final do passado mês de setembro. Por parte da GNR, foram contabilizadas quase 17 mil viaturas furtadas ou roubadas.
Em declarações à TSF, a capitão Joana Machado fala num fenómeno que está a aumentar e que preocupa a GNR.
"Só durante o presente ano temos já registo de 2183, um número considerável. É um fenómeno que nos tem preocupado", admite.
Os principais distritos afetados são Porto, Setúbal e Faro. Já entre os concelhos com maior prevalência deste tipo de crime destacam-se Loulé, Vila Nova de Gaia e Almada.
A comandante explica que um dos métodos mais recorrentes consiste no "arrombamento das portas através do estroncamento do canhão da fechadura, que permite o acesso ao interior do veículo".
"Em menor número, temos também situações em que o furto das viaturas ocorre em contexto de intrusão em residência, durante as quais os assaltantes apoderam-se das chaves do veículo para procederem à sua subtração. E outro fenómeno que tem sido também recorrente é a utilização de reboques para furtos de veículos de luxo ou de gama mais alta", alerta.
Quanto ao motivo, a capitão aponta que os veículos roubados podem ser usados para "furto recreativo", associado ao conceito de joyriding. O objetivo será, então, conduzir de uma forma "imprudente" para obter maior "diversão". Ainda, podem ser utilizados para praticar outros crimes, como furtos em estabelecimentos comerciais ou residências, ou até como meio para atingir fins "lucrativos mais rápidos". Nesta última hipótese, as viaturas são transportadas para oficinas ou sucatas ilegais e são desmontadas para que as suas componentes sejam vendidas no mercado paralelo.
Face a um fenómeno em crescimento, a capitão Joana Machado deixa alguns conselhos aos condutores. "Cuidem do local onde vão estacionar o seu veículo, evitando locais mal eliminados, procurando sempre locais mais seguros, onde haja passagem de pessoas de forma mais regular. Sempre que possível, optar por parques fechados e vigiados", apela.
É ainda importante evitar estacionar o veículo no mesmo local durante vários dias consecutivos e manter as chaves sempre por parte, até nas paragens mais rápidas.
"Nunca deixá-las [as chaves] na ignição, porque pode ser também uma forma fácil de que a outra pessoa aceda ao seu veículo", avisa.
Nos últimos cinco anos, foram furtados quase 44 mil carros, tratores e máquinas agrícolas.