Quatro dos finalistas a prémio para quem melhor aplica fundos da UE são portugueses
Os Regiostars Awards são uma espécie de "Óscares" da União Europeia para quem melhor aplica os fundos comunitários.
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O Regiostars Awards é a iniciativa criada pelo Comité das Regiões, na União Europeia, para identificar e premiar as boas práticas no desenvolvimento regional e os projetos inovadores que atraiam e inspirem as demais regiões da Europa. Uma espécie de "Óscares" da União Europeia para quem melhor aplica os fundos comunitários. Portugal tem quatro finalistas, dois do Norte (o Kastelo e o i3S) e dois do Centro (o museu da Vista Alegre e o Centro de Negócios do Fundão). O vencedor será conhecido ao final da tarde desta terça-feira.
A concurso estão os projetos financiados pela UE nos 28 países membros. Deste bolo são escolhidos os 21 melhores e divididos em cinco categorias: apoio a uma transição industrial inteligente; sustentabilidade através de baixas emissões de carbono, criação de melhores acessos aos serviços públicos, mudanças migratórias e investimento na herança cultural.
O i3S e o Centro de Negócios do Fundão estão a concurso na primeira categoria. No caso do projeto mais a Norte trata-se da junção de três centros de investigação, que se tornaram no maior centro nacional de investigação de saúde pública nos domínios das ciências da saúde e das tecnologias médicas. Neste centro promove-se a investigação clínica em torno de questões complexas de saúde, como cancro, neurodegeneração, infeção, reparação de tecidos, estabelecendo a ponte com empresas do setor e hospitais.
O Centro de Negócios e Serviços Partilhados do Fundão surgiu da ideia do autarca local em 2012. Até ao momento já atraiu 14 empresas tecnologias de informação, comunicação e software, para este concelho do interior do país. e criou 500 postos de trabalho qualificados numa cidade rural com menos de 15 000 habitantes. Em 4 anos, o projeto impulsionou o desenvolvimento de um ecossistema integrado que gerou 68 start-ups e deu apoio a mais de 200 projetos de financiamento privado, investindo em I&D, em iniciativas pioneiras de conversão profissional e nas competências digitais.
Na segunda categoria surge o KASTELO (que já foi objeto de Grande Reportagem TSF "Um dia de cada vez"), que se trata da primeira unidade de cuidados continuados e paliativos pediátricos na Península Ibérica. Reduz o tempo de internamento no hospital e assegura às crianças e seus familiares o acesso a diferentes tipos de recursos nas diferentes fases da doença. Este equipamento garante a continuidade dos cuidados inerentes a estas situações especiais e a otimização dos recursos disponíveis.
Por fim, na categoria de herança cultural, aparece nos finalistas o projeto do Museu da Vista Alegre, que reaviva dois séculos da empresa histórica de porcelana. Recentemente foram recuperados vários edifícios do complexo industrial, nomeadamente o teatro, a fábrica, a capela, o hotel, o bairro dos trabalhadores. Este projeto visou a preservação de um património cultural internacional, recuperando a marca e aumentando o turismo na região.
Os projetos nacionais que estão a concurso receberam o apoio técnico das CCDRC (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional) do Norte e do Centro.